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Vereadores não aprovam ditadura

Uma sessão periódica de Juri? Um inquérito policial? Um filme sobre inquisição? Não!!!

Apenas o presidente da Câmara Municipal de Boa Esperança do Sul, vereador Marco Aurélio, personificando advogado de acusação, promotor ou juiz que, inopinadamente e com resquícios ditatoriais e de posse de um Código Penal, abriu a sessão com a manifesta intenção de intimidar os 8 vereadores que assinaram requerimento pedindo reconsideração da votação sobre artigo que dispõe enseja ao prefeito remanejar o orçamento em até 50%.

O vereador-pesidente resolveu citar os artigos 146 (constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça…), 297 (Falsificar, no todo ou em parte, documento público…) e 299 (Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar…) e, ato contínuo, anunciou que o tal requerimento havia sido “indeferido”.

No citado documento, os vereadores declararam que estavam votando a favor do artigo que permite a agilidade do Executivo, “como tem sido uma rotina nas administrações de nossa cidade”, disse o Dr. Ronaldo.

O presidente Marco Aurélio colocou a ata em discussão e testemunhou o voto contrário dos vereadores descontentes com a sua maneira de agir em plenário.

Agressão

Diante da derrota, o presidente Marco Aurélio Rosim extrapola o seu direito e, adotando comportamento indevido e nada regimental, começa a questionar um vereador: você assinou, mas não redigiu o requerimento?

De imediato, Sebastião Rosim, embora parente não admite a injustiça com o companheiro:

– “Presidente, o Senhor não pode agir dessa maneira, num constrangimento inadmissível ao vereador.

Nisso, Marco Aurélio Rosim afirma:

– “eu não lhe dei a palavra rapaz…”.

A sessão foi transmitida pela Rádio Comunitária e, por certo, muita gente deve ter ficado assustada e consternada com o nível dos trabalhos legislativos.

Marelo

O prefeito de Boa Esperança, que vem sofrendo ataques sistemáticos, afirma que respeita os vereadores indentificados com o bem-estar da população e desenvolvimento da cidade. “Mas, estou encaminhando este processo à assessoria jurídica para a escolha do melhor caminho”, assinala.

A discussão é sempre bonita e essencial à democracia, e o povo aplaude. Mas, quando a discussão é recheada de rancor e ofensas pessoais, os eleitores não aprovam. Isso deve merecer a reflexão da respeitada Câmara Municipal de Boa Esperança do Sul. (Geraldo Polezze, jornalista)

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