Tranqüilidade, é a palavra chave no trabalho

Marilene Volpatti

É mais saudável expressar os sentimentos do que guardá-los. Só que estourar por qualquer motivo pode não ser legal no ambiente de trabalho.

O colega boicota o serviço? O chefe não o chamou para participar da reunião de troca de idéias? Nao adianta fingir que está tudo bem para fugir do problema. Mais dias menos dias vai deixar o desagrado escorregar ficando irritado fora de hora, agindo de forma sarcástica ou perdendo o pique do trabalho. Até mesmo o corpo ressente dessa falta de diálogo, do silêncio. A raiva se transforma em tremenda dor-de-cabeça, tensão na nuca, na coluna e úlcera. Melhor, então, enfrentar a situação: colocar para fora o que está incomodando, evidentemente sem agredir o outro. Nada de explosões irracionais. Pode-se, perfeitamente, demonstrar as emoções sem perder a cabeça. Respire fundo, dez, vinte, 100 vezes se necessário. Passado o primeiro desejo horrível de pular no pescoço do chefe ou mesmo do colega de trabalho, é hora de se organizar.

Primeiro impulso

O chefe faz críticas, ao trabalho que está fazendo, na frente de todos os colegas. A primeira reação é discutir, em alto e bom som, deixando bem claro, o absurdo da situação.

Não faça isso! Em vez de ter um ataque saia para beber água e esfriar a cabeça. A pior coisa que se pode fazer é agir sob o impulso da raiva. Perde-se a razão e se enrola numa reação puramente emocional.

Se for necessário dar uma resposta na hora, use de diplomacia. Peça um tempo para rever o possível erro e marque uma conversa em particular para o dia seguinte. Dê preferência a uma sala onde não haja paredes escutando. Você vai se sentir melhor.

Sentimentos

Fora e bem longe da “cena do crime” e, já um tanto quanto mais calmo, pense friamente no que aconteceu e se questione: o que o deixou com tanta raiva? Será que existe alguma coisa nessa situação que está mexendo com você por outros motivos?

As vezes ficamos transtornados não com o que está acontecendo, mas com lembranças por demais dolorosas que certas situações teimam em reviver dentro de nós. De repente, a maneira de ser do chefe nos deixa indefesos como quando nosso pai nos recriminava. É isso que nos irrita. Se conseguir notar esses paralelos, ficará mais fácil tomar atitudes adultas e racionais.

Outra forma de analisar a situação é tentar entender, por que o outro agiu daquela forma? Assim saberemos se a pessoa teve ou não a intenção de nos prejudicar.

Colocar para fóra

É necessário por para fora o rancor de forma sadia. Sem censurar seus sentimentos, reveja tudo o que aconteceu um bilhão de vezes, se necessário. Converse com pessoas amigas, parentes, telefone para um parceiro de trabalho e discuta os vários aspectos da situação até esgotar completamente o assunto. Essa catarse é necessária para recuperar o controle e então julgar se estava exagerando na maneira como “pintava o quadro”.

Se estiver dando mais importância ao fato do que ele merece, é bom ver a quantas anda a sua auto-estima. O chefe não lhe deu a promoção que esperava, por isso sente-se um zero à esquerda? Faça um teste, se colcoar um amigo em seu lugar, seria considerado um zero à esquerda? Logicamente que não. Não seja tão duro com você. Dessa maneira irá manter a situação sob controle.

Melhor Tática

Uma vez entendida a origem dos sentimentos, o proximo passo é resolver que atitude tomar. Uma delas é não fazer absolutamente nada. É importante saber escolher as batalhas. Não vale a pena brigar por qualquer coisa, principalmente quando existe o risco de sofrer um contra-ataque desnecessário.

Quando existe um bom motivo que justifique comprar a briga, vale a pena enfrentar um colega de trabalho, até mesmo o chefe. No entanto, é bom planejar a discussão com cuidado.

Demonstre segurança no ponto de vista e receptividade em relação ao argumento do outro. Mas deixe claro a sua visão da situação e como pretende que as coisas sejam resolvidas.

Converse com calma. Mesmo com as emoções sob controle, é bom ter cuidado para não ser autoritário ao se expressar. O outro pode se sentir acuado e perder a vontade de cooperar.

Calma X pressão

Ninguém consegue se deligar das emoções quando entra no ambiente de trabalho. Tudo bem os outros notarem que aconteceu alguma coisa que lhe aborreceu e deixou-o triste, mas eles devem perceber também que tudo está sob controle. Ficar calado, quando os ânimos estão quentes, é uma saída politicamente correta. Isso não significa engolir os sentimentos. A idéia é ganhar tempo para esfriar a cabeça e só então contra-atacar. Esse meio tempo é para conversar e trocar idéias com amigos até conseguir enxergar, com clareza, o que realmente está acontecendo. É o que de melhor pode ser feito por si próprio – pela saúde física e mental.

Serviço

Consultoria: Drª Tereza P. Mendes – Psicoterapeuta Corporal – Fone:- 236-9225.

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