O Departamento de Otorrinolaringologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) lançou a campanha “Proteção da Audição em Crianças e Adolescentes”. O alerta é que a perda auditiva não é visível, portanto, se a criança ou adolescente usa fones de ouvido frequentemente é preciso consultar o médico otorrinopediatra e realizar audiometrias regularmente.
Segundo o presidente do Departamento de Otorrinolaringologia da SPSP, Manoel de Nóbrega, o indivíduo que escuta música com fones de ouvido a 100 dB por 15 minutos pode estar exposto ao mesmo nível de intensidade sonora de trabalhadores industriais expostos a 85 dB em um dia de jornada de trabalho de 8 horas. “Cerca de 22% dos adolescentes que usam fones de ouvido 80 minutos ou mais por dia podem desenvolver perda auditiva após 5 anos. Além disso, cerca de 40% dos jovens estão expostos a níveis sonoros potencialmente prejudiciais em ambientes recreativos, como discotecas, bares, academias, ginásios, aulas de dança, entre outros”, aponta o especialistas.
De acordo com o médico, 50% dos adolescentes e adultos jovens (12 e os 35 anos) em países de médio e alto desenvolvimento ouvem níveis de som perigosos através de dispositivos de áudio pessoais e cerca de 40% estão expostos a níveis sonoros potencialmente prejudiciais em discotecas, bares, academias, ginásios etc. “Existe uma preocupação crescente com a exposição a sons altos em ambientes recreativos: discotecas, pubs, bares, cinemas, concertos, eventos desportivos e até aulas de fitness”, observa Nóbrega.
Conheça abaixo os efeitos do som alto e ruído na audição:
