Servidores Públicos de Araraquara reivindicam por respeito e valorização

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Gustavo Regina, Suely, Andreia.

Luigi Polezze

Na última quinta-feira (04), a Câmara de Araraquara aprovou o projeto de reajuste no ganho dos servidores de – aproximadamente – 5%, algo distante dos 12% reivindicado pelo SISMAR (Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região). Gustavo Domingo Jacubucci, servidor público com 20 anos de carreira e atual presidente do Sismar, expressa preocupação em relação à falta de respeito demonstrada pelo governo municipal em relação aos servidores.

O foco da insatisfação reside na aprovação de um projeto de lei pela Câmara Municipal, projeto esse que o Executivo ofereceu aos servidores para ser votado na última semana antes da data limite, não havendo tempo para diálogo, portanto, os servidores não tiveram a oportunidade de reivindicar seus direitos em tempo hábil. Gustavo enfatiza a importância de respeitar o trabalhador, e que são os próprios servidores que devem decidir sobre suas condições de trabalho e remuneração.

A proposta inicial enviada pela categoria à Prefeitura incluía a reposição da inflação de 4,62%, mais um aumento real de 12%, além de melhorias no vale-alimentação e outros benefícios. No entanto, as propostas do governo municipal foram de melhorias insuficientes, de acordo com os entrevistados.

Gustavo esclarece que os servidores representam uma parte fundamental da força de trabalho da cidade, desempenhando variedade de funções essenciais que afetam diretamente a comunidade. No entanto, muitas vezes, os profissionais são mal remunerados e não recebem o devido reconhecimento por seu trabalho árduo e dedicado.

Ao comparar a situação dos servidores de Araraquara com a de outras cidades da região, como Motuca, Gustavo ressalta as disparidades gritantes em termos de remuneração e benefícios. Enquanto cidades menores oferecem aumentos significativos e benefícios substanciais aos seus servidores, Araraquara continua a lutar por melhorias básicas em suas condições de trabalho.

Durante a Assembleia Geral convocada pelo Sismar na terça-feira, o JA compareceu e teve a oportunidade de entrevistar alguns servidores:

Renata Pereira Barbosa, merendeira no CER Eugênio Trovate, expressa insatisfação com a resposta da prefeitura, destacando a falta de diálogo e valorização dos servidores. Ela e seus colegas almejam respeito e uma administração que cumpra promessas de valorização feitas em campanha. Renata ressalta: “É sempre acreditando porque a gente entende que o Edinho formado dentro de um sindicato seria a pessoa que mais entenderia a nossa luta e que entende que um serviço público de qualidade passa por servidores que se sintam valorizados, mas infelizmente a teoria é uma coisa e a prática é outra.” Apesar das expectativas criadas, ela lamenta a ausência de diálogo efetivo, ressaltando que a gestão atual não corresponde às expectativas previamente estabelecidas.

Jane Cristina Andrade, técnica de enfermagem na Secretaria Municipal de Saúde, expressa sua indignação durante uma manifestação. Ela critica a desvalorização dos funcionários públicos de nível mais baixo em comparação com os médicos privilegiados pela administração municipal. Jane destaca a discrepância salarial e o favorecimento aos médicos em detrimento de outras categorias. Durante a entrevista, ela ressalta: “Essa é uma oportunidade para demonstrar a insatisfação e a revolta que nós, trabalhadores da saúde, estamos enfrentando.”

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