Luigi Polezze
Já imaginaram andar de bicicleta por Araraquara sem o constante temor de ser atropelado? A ideia, claro, é atraente. Com os preços dos combustíveis em alta, ruas esburacadas exigindo reparos nos carros e o estímulo de exercício físico regular, a ideia de trocar o carro pela bicicleta está longe de ser ruim.
Por exemplo, em cidades como Campinas e São Paulo, não é estranho observar ciclistas indo ao trabalho por ciclofaixas, com segurança e acessibilidade. Dessa forma, o trânsito respeita o espaço dos ciclistas e os riscos são reduzidos.
Inclusive, a Prefeitura de Araraquara, no ano de 2019, firmou convênio com a Ufscar para apresentar plano de mobilidade urbana, também, com previsão de ciclovias e ciclofaixas.
Ano passado, a reportagem do JA tratou do tema na matéria “Araraquara falha com ciclistas” e enviou perguntas para Prefeitura, que explicou como ficou impossibilitada de executar o plano por conta da pandemia. Mas havia informado que as primeiras ciclovias seriam entregues no mês de julho seguinte (então, em 2022).
Hoje, em maio de 2023, revisitamos o problema e perguntamos novamente para averiguar se há perspectiva sobre ciclofaixas em Araraquara. A seguir a resposta:
A pandemia de Covid-19 exigiu que a Prefeitura Municipal priorizasse seus investimentos em ações de combate à doença, suspendendo, dessa forma, alguns projetos, licitações e contratos, muitos deles, já retomados.
O Plano de Mobilidade Urbana (PlanMob) do município, que inclui um planejamento estratégico para a implantação de ciclovias e ciclofaixas na cidade, entre outras questões relacionadas ao trânsito e transportes, foi revisado e entregue em agosto do ano passado.
Em cumprimento à Lei nº 12.587/12, os Planos de Mobilidade Urbana (PlanMob) devem ser revistos a cada dez anos. No entanto, por conta da pandemia de Covid-19, a Lei nº 14.000/20 prorrogou o prazo de atualização dos PlanMob para 12 de abril de 2023, para cidades com até 250 mil habitantes. Mesmo assim, Araraquara entregou antes, ainda em 2022.
A partir da conclusão e entrega desse trabalho de planejamento na área da mobilidade urbana para os próximos dez anos, a administração agora vai trabalhar pela viabilização de recursos.
Ou seja, o cronograma já está bem atrasado. Omissão e ineficiência repercutindo bastante negativamente na qualidade de vida dos araraquarenses.
