Violência contra a mulher é tema de Oficina para profissionais da saúde, com inúmeras mensagens positivas para aprimoramento do serviço.
Os profissionais dos PSFs (Programa de Saúde da Família) participaram, nesta semana, da Oficina “Mulher e Violência: reconstruindo a assistência no âmbito do PSF-Araraquara”, ministrada pela professora titular de Enfermagem da USP, Rosa Godoy, com equipe das mais conceituadas. A oficina de uma semana, é parte da programação da campanha “Mulheres e Homens contra a Violência”, promovida pela Prefeitura Municipal de Araraquara com a co-liderança da Andréia Túbero Silva, a profissional que está batalhando com notável diferencial.
A realização é da Secretaria de Saúde, com apoio do Fundo Social de Solidariedade e Centro de Referência da Mulher.
Mais de 120 funcionários participaram das Oficinas, com ausência dos médicos que não puderam deixar seus postos. Mas, perderam uma grande oportunidade para (ainda mais) humanizar o atendimento, no contexto de uma equipe ansiosa por oferecer o melhor serviço à comunidade.
Finalidade
Rosa de Godoy afirma que o objetivo é instrumentalizar e sensibilizar os profissionais dos PSFs (agentes comunitários de saúde, enfermeiros, técnicos, etc) sobre a dinâmica da violência sofrida pelas mulheres no espaço privado. “Os profissionais dos PSFs estão em contato direto com a família, através de visitas domiciliares, e lidam constantemente com situações de violência de gênero (mulheres, crianças)”, afirma.
Então, esses profissionais podem auxiliar no combate à violência, dando apoio à família e fazendo os devidos encaminhamentos. “A idéia é prepará-los e subsidiá-los quanto à melhor forma de lidar com a situação e conduzir os casos”, diz.
Proposta
A proposta programática da oficina é abordar as raízes sociais que dão sustentação à violência psicológica, física e sexual e padrões que submetem ao homem poderes de domínio sobre as mulheres. “Também é um objetivo do evento preparar e introduzir um protocolo de atendimento às mulheres em situação de violência”, enfatiza.
Nos debates sobre as práticas atuais dos PSFs ficou clara a assistência prestada e as principais dificuldades encontradas pelos profissionais no atendimento às mulheres em situação de violência e como superá-las.
Mas, há muito o que fazer após o diagnóstico, aliás, como os servidores da saúde se manifestaram ao final do encontro que, segundo apurou a reportagem, não recebeu a presença da secretária Eliana Honaín.