Sarah Coelho Silva (*)
Todos nós estamos cientes de que o dinheiro faz parte da vida, mas, também sabemos que o dinheiro não traz felicidade. Senão todas as pessoas ricas seriam felizes… sabemos que isso não é real.
Neste mundo, muitas pessoas ganham dinheiro com facilidade
Mas, não sabem dar o devido valor.
Ganham muito, acabam gastando muito mais.
Minha mãe sempre dizia:
Dinheiro é vendaval nas mãos de quem não dá o devido valor.
Dinheiro não agüenta desaforos. Parece mentira, é a pura verdade.
Quem não sabe dar o devido valor ao seu dinheiro, corre o risco de ficar sem os seus preciosos reais que vão embora facilmente.
Parece que escorregam das mãos de algumas pessoas.
No Cemitério São Bento de Araraquara (Rua 2 Quadra 2B), foi enterrado o bondoso Escravo Eduardo que alcançou, por sua honradez, a carta de liberdade em 1886. Ele nasceu em 1832 e faleceu em 1915.
Cercado da estima e do respeito dos seus conterrâneos.
Muitas pessoas vão ao seu túmulo à procura de uma graça.
Nas placas de bronze, com nome, a gratidão pelo atendimento.
Cito o fato porque acredito nas graças e nos dizeres da oração em homenagem ao Bondoso Escravo Eduardo.
“A riqueza é um grande perigo para quem ama a si mesmo, por mais estranho que pareça”.
Com estas palavras e com a nossa vivência, concluímos que o dinheiro nas mãos de quem não sabe lidar com ele é um mal terrível. Leva a pessoa a cometer erros, a fazer grandes asneiras.
O dinheiro é bom para viver bem e com dignidade mas sem precisar dele para pisar nas pessoas, desprezar, humilhar e se sentir poderoso tornando-se arrogante. Sabemos que no final a situação não acaba bem.
Quem se utiliza desse poder efêmero para o mal, também acaba mal.
Causa-efeito da própria vida.
O que plantamos, colhemos. Todos, sem distinção.
Num cemitério briga não existe, somente os passarinhos na primavera disputando o seu ninho…
Buscando um lugar bem protegido nas frondosas árvores,
A sombra da natureza.
(*) Escritora e colaboradora do JA