O exercício político na contramão da moralidade

Júlio César Cardoso (*)

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou duas propostas de emenda constitucional que limitam poderes do STF e facilitam o impeachment de seus ministros.

“O que acontece quando deputados de extrema direita que desejam impor sua vontade ao povo à revelia da Constituição Federal se juntam com outros (CENTRÃO) que querem distribuir bilhões às suas bases sem dar satisfação a ninguém? Um pacote para emparedar quem vai julgar essas safadezas” – Fonte: Jornalista Leonardo Sakamoto, colunista de UOL.

Feliz aquele que não tem partido político, ou político de estimação, e pode – usando o seu direito Constitucional e como contribuinte compulsório da riqueza nacional – tecer comentários críticos às imoralidades políticas brasileiras.

Pois bem, o Congresso Nacional está transformado em um circo de horrores, onde parlamentares descompromissados com a ética e moralidade, bem como com o dever de exercer o mandato com lealdade, defendendo os interesses sociais, tentam desmoralizar os dogmas constitucionais para favorecer a sua corriola de traidores da pátria.

Quantas injustiças sociais, desprezos dos infortunados brasileiros que continuam na miséria, desempregados, sem lares, vivendo ou sobrevivendo de migalhas, poderiam estar sendo debatidas pelo Parlamento brasileiros e, no entanto, o que se vê, em Brasília, é um grupo de políticos imorais tentando aprovar matérias de interesses políticos.

O Congresso Nacional não pode servir de arena para atores mambembes. Os interesses maiores da República têm de estar em primeiro plano para serem tratados e não escanteados para dar lugar a pretensões indecorosas de fajutos parlamentares.

A Constituição Federal precisa ser aperfeiçoada para corrigir inúmeras distorções presentes em seus artigos e não para contemplar posições de grupo de parlamentares insatisfeitos com as decisões do Judiciário (STF e TSE).

(*) É Servidor federal aposentado.

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