Rita Múcio (*)
Estudos comprovam que a insatisfação com o próprio corpo é a principal causa de distúrbios alimentares em adolescentes, como anorexia e bulimia. Os fatores de riscos envolvidos são pressão sociocultural para ser magra, insatisfação com o corpo, práticas de dieta, afetividade negativa e sintomas depressivos.
Os distúrbios alimentares são um conjunto de doenças em que a pessoa passa todo tempo preocupada com a comida e ganho de peso.
Os distúrbios alimentares frequentemente aparecem na adolescência, mas, também podem aparecer na infância ou na fase adulta.
As mulheres são mais suscetíveis a distúrbios alimentares. Entretanto é cada vez mais diagnosticado no público masculino, especialmente em jovens.
Trata-se de um cenário preocupante uma vez que os homens apresentam mais dificuldade para o diagnóstico e procura de ajuda devido à vergonha e o silêncio por ser doença das mulheres.
As crianças estão vulneráveis desde cedo, pois, estão em contato com o mundo real. Revistas e televisão trazem mulheres de corpo perfeito.
Há pai e mãe que, por acharem bonito, incentivam o batom, sapatinhos de salto alto imitando adultos. Essas crianças acabam tornando-se alvo da mídia, o que leva ao consumismo precoce.
Os pais devem ficar atentos: entre o bonitinho e o saudável existe uma enorme diferença.
Os pais devem filtrar e colocar limites quanto ao que é adequado ou não para a idade dos filhos.
Medidas cautelosas precisam ser tomadas em relação à alimentação sem fazer comparações do tipo "veja como aquela mulher está fora de forma" ou "olha como aquela criança está gordinha, será que ninguém cuida dela?".
Transtorno
De caráter alimentar, tem várias causas. É importante deixar claro que crianças e adolescentes são mais suscetíveis, porém, adotando-se conduta adequada a família orienta, filtra e esclarece informações que chegam aos filhos. Assim, estarão contribuindo para evitar esses transtornos.
A psicoterapia familiar abriu novas perspectivas no tratamento de pacientes com transtornos alimentares. O trabalho conjunto de uma equipe multidisciplinar é complemento importante ao tratamento quando se aborda aspectos multifatoriais do transtorno.
Somatória
No tratamento, a família tem função importante ao se unir com o paciente para, juntos, encontrarem alternativas para reconstruir e ressignificar suas vivências. De grande valia para a libertação de comportamentos inadequados.
(*) É Psicóloga Clínica, especialista em Terapia Sistêmica (Individual, Casal e Familiar), CRP 06/124680. Terapeuta Holística, CRT 26694. Atendimento Av. Bandeirantes, 167 Centro. Contato: 9.9112-4348 e-mail: psicoritamucio@gmail.com
