Jesus Cristo nasceu em Peixes, logo não foi no dia 25 de dezembro. A Igreja foi buscar essa data no dia de Papai Noel que era comemorado na Europa, com sucesso. Ela se aproveitou disso e mudou o nascimento do nosso Cristo.
Como nos acostumamos, sem reclamar, comemoramos a data onde o cristianismo deitou suas raízes.
O Natal é onde a família se reúne e come-se muito bem. Mas, o espírito de Natal é mais importante. O sonho das crianças se cristaliza nessa data até porque os adultos ensinaram que o bom velhinho vem, com o saco nas costas, trazer o presentinho. Quantas crianças fazem o pedido ao Papai Noel? Basta começar a escrever e pronto: lá vai o pedido simples e, por vezes, complicado.
Lembro-me do tempo de criança ter dormido, com minha tia da mesma idade, em cima de uma quarada de roupa que dava visão à sala onde chegaria o dito papai. Não o vimos, mas, quando acordamos lá estavam os presentes que ele, certamente, havia trazido. Vi muitas crianças desprezando o presente porque não era aquilo que foi pedido. Outras chorando porque não ganharam nada. Vi, também, crianças trocando belos e ricos presentes por trenzinho ou carrinho feitos de pau ou tábua. Muitas, inclusive, nem acreditavam em Papai Noel, devido à realidade mostrada pelos pais.
Na época, eu morava na Vila Xavier, uma região muito pobre de Araraquara. As crianças só recebiam presentes usados ou feitos pelos pais, irmãos ou pelo vizinho. Mas, era no dia de Natal que todos mostravam o presente, com muito entusiasmo.
Eu, até hoje, acredito em Papai Noel pelo espírito que nos vem no dia, alegria pela comemoração duma data tão singela e cheia de carinho.
