A gente era adolescente, mas, gostava de pescaria e o Mogi era o indicado pela quantidade de peixes: piapáras, piracanjuvas, dourados, trairões e até peixe sapo que chegava a 5 quilos e era uma delícia na panela.
Combinamos uma grande pescaria na Volta Parada, que era de meu pai e do Dr. Schimidt, onde abundava peixe. A família Zaniolo, Bento, Doda, Duca, Pemba, Tob e outros amigos de então participavam da semana de pesca e caça. A maioria, de barco, armava rede e no outro dia ia buscar os peixes que eram limpos, salgados e pendurados em varal.
Naquele tempo havia lindas praias no rio e, de vez em quando, coincidia com a presença de militares que caçavam e pescavam até Rincão e, depois, pegavam o trem de retorno.
Era uma delícia… entre o pessoal estavam violeiros e cantadores de boa qualidade. Uma amizade das maiores entre soldados e coronéis, sem divisão. Todos eram pescadores, bons companheiros e pronto. E a gente tinha muito prazer em passar dias inesquecíveis.
Éramos os donos e eles a visita até que um dia convidei um cabo para ir ao Volta Parada, ele que era bom de tarrafa. Os meus primos nunca viram tanto peixe. Com três ou quatro tarrafeadas o cabo encheu a canoa de bagres enormes e mandiuvas que a gente gostava, mas, era difícil de pescar. Todos vieram ajudar a descarregar a canoa e ficamos felizes pela experiência piscosa.