Ontem, à tarde, estava observando a área da casa de meu avô que um de seus netos de Santos (Rodrigo) está resgatando suas linhas arquitetônicas. Aquilo era um grande armazém da Vila Xavier onde paravam muitos carroções com seus cavalos e carros de boi. Aquela gentarada dos sítios e fazendas vinha fazer suas compras, tudo de secos e molhados. E meu avô oferecia outros produtos, até vinhos finíssimos importados da bela Itália.
Naquele época não existiam caminhões e tudo era feito no lombo dos cavalos. Existia, também, a nossa Estrada de Ferro que trazia tudo de Santos e São Paulo.
Essa área, citada no início, era feita de colunas romanas que sustentavam o telhado bem alto. A casa tinha 6 quartos e uma sala pintada de afrescos, belo forro enfeitado e madeira de primeira no assoalho. Uma obra, de mais de 100 anos, construída com muito carinho pelo meu avô…
Depois da grande sala existia uma cozinha, com fogão à lenha que servia até para tomar banho quente. Tudo que existia na casa está sendo resgatado pelo menino de Santos. Está uma beleza que enche de satisfação os olhos e a alma da gente. Olhando bem, sente-se a presença de meus avós como se estivessem, ainda, na Vila Xavier, depois da vida e da morte…
A família tinha lá 7 mulheres e 2 homens, dos quais, 2 mulheres e 1 homem se formaram. A maioria ainda frequenta o lugar como se estivesse tudo como antes. Na frente da área fizeram uma piscina, muito bonita e bem acabada, onde as velhas vão matar a sua caloria. A casa de meu avô está exatamente como era antes, muito bonita!