Raphael Fernandez (*)
O ex-ministro Jatene, tendo em vista atender bem os brasileiros, defendeu um impostosinho (“p” de provisório) do cheque. O pessoal econômico adotou a idéia luminosa e o Ministério da Saúde continuou capenga…tanto quanto o imposto do cheque, agora com o “p” de permanente.
Como brasileiro mordido por cobra tem medo de linguiça, está de antena ligada contra outra idéia do gênero.
A Comissão Especial da Câmara, formada para analisar a criação do IUF (Imposto Único Federal), aprovou o relatório do deputado Carlos Eduardo Cardoca sobre o tema. Ele prevê a substituição de 9 impostos federais por um único tributo.
A autoria é do deputado paulista Marcos Cintra e está pronto para ir ao plenário. O parlamentar acha que a proposta está no contexto da reforma tributária pretendida pelo Governo Lula.
Se passar pelo plenário da Câmara, vai ao Senado. Devendo ser promulgada pelo presidente da República.
Mais uma mini-reforma que, na ânsia de aumentar a arrecadação, pode estimular a criatividade do pessoal em adotar o tal de IUF, sem extinguir os outros que punem a circulação de mercadorias e refletem no desemprego. Claro, com a ajuda de outras normas paternalistas que tentam ajudar o trabalhar e acabam atrapalhando.
Não se pode esquecer, também, da alíquota de 27,5% do Imposto de Renda que o PT, até conseguir ganhar as eleições, era contra. E quem paga a conta?
(*) É analista político do JA.
