Introdução alimentar: saiba como construir hábitos saudáveis de alimentação para o seu bebê

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Especialistas do CEJAM dão dicas de como iniciar a alimentação de crianças da maneira correta

Um momento de descobertas, mas, ao mesmo tempo, cheio de desafios e complexidades, essa é a fase em que o bebê começa a dar os primeiros passos rumo a uma alimentação mais sólida.

Para muitos pais, dúvidas sobre quando e como realizar essa mudança são comuns e compreensíveis. A transição da amamentação exclusiva para a introdução de outros alimentos é um marco importante no desenvolvimento do pequeno e, por isso, requer cuidados por parte dos cuidadores.

“A introdução alimentar deve ser iniciada a partir dos 6 meses, que é o período em que as crianças já estão prontas para começar a comer novos alimentos. Até os 6 meses, o leite materno é o alimento ideal para o bebê, pois oferece tudo que ele precisa para crescer e se desenvolver, sem necessidade de nenhum outro alimento, nem mesmo água”, afirma Carolina Xavier da Silva, nutricionista da UBS Horizonte Azul, gerenciada pelo CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo.

Do início do processo até os 2 anos, é recomendado que o bebê continue a consumir o leite materno, mas que também tenha em sua rotina 2 ou 3 refeições ao dia. Essas refeições podem variar entre almoço, lanche da tarde e jantar, não existe uma regra específica sobre qual deve ser introduzida primeiro. O importante é que, aos 7 meses, a criança já esteja recebendo as 3 refeições completas.

No entanto, é essencial que a dieta inclua alimentos diversificados, priorizando opções saudáveis e nutritivas. “É importante que os pais organizem com cuidado esse período, pois uma introdução alimentar bem realizada contribui para o crescimento e desenvolvimento adequado da criança e para a prevenção da seletividade alimentar, evitando o baixo peso, obesidade infantil e doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes mellitus tipo 2 e hipercolesterolemia”, explica a nutricionista.

Por isso, sempre que possível, o indicado é montar refeições combinando opções de cada um dos 6 seguintes grupos de alimentos: o primeiro é o de cereais e tubérculos, que conta com uma diversidade de opções nutritivas que podem ser introduzidas gradualmente na dieta do bebê. Arroz, batata, inhame, mandioca e milho são alguns dos alimentos indicados.

O segundo grupo, por sua vez, é o das leguminosas, como feijão, lentilha, grão de bico e ervilha, que são excelentes fontes de proteínas vegetais e fibras e oferecem uma variedade de vitaminas e minerais essenciais.

O terceiro grupo de alimentos é o das proteínas, em que se pode oferecer ao bebê carnes magras, frango, ovos e peixes. Já o quarto é o dos legumes, e, nesse caso, opções como cenoura, chuchu, abobrinha, berinjela e beterraba são interessantes para começar a alimentação.

O quinto grupo é o das verduras. Aqui, opções como acelga, alface, couve e espinafre são sugeridas pela nutricionista. Elas são ricas em vitaminas A, C, K e ácido fólico, além de minerais como cálcio e ferro.

E, por fim, o sexto grupo: o das frutas. Nele, podem ser trabalhadas alternativas como banana, laranja, maçã, pera, melão, melancia e mamão, que são excelentes fontes de vitaminas.

“Elas são, naturalmente, doces e oferecem uma maneira deliciosa de satisfazer o paladar do bebê enquanto fornece nutrientes essenciais para o crescimento e desenvolvimento saudáveis”, reforça Carolina.

No geral, os alimentos devem ser mantidos separados no prato e amassados com o garfo, em vez de serem batidos no liquidificador ou peneirados. Dessa forma, o bebê pode apreciar o sabor e a textura de cada alimento, além de receber estímulos para a sua mastigação. As carnes devem ser bem cozidas e oferecidas em pedaços pequenos ou desfiados. Já os alimentos crus, como as frutas, podem ser raspados ou amassados.

Segundo a profissional, os pais podem até ajudar a criança a se alimentar, mas é importante que a deixem segurar o alimento com as mãos ou a colher.

“Outra coisa importante na introdução alimentar: se a criança recusar algum alimento, espere alguns dias e volte a oferecê-lo junto com algum outro que já gosta. Se a recusa continuar, experimente mudar a forma de preparo. Nessa fase, é importante ter paciência e persistir.”

Nutrição desde o início

Para apoiar mães e cuidadores, a Linha de Cuidados Materno-Infantil do SUS, presente nas unidades básicas de saúde públicas gerenciadas pelo CEJAM, desenvolve diferentes ações, desde a gestação até a primeira infância, incluindo a prevenção e a promoção da saúde nutricional infantil.

Essa abordagem possibilita uma assistência segura e humanizada de qualidade para mulheres grávidas e crianças, além de acompanhamento contínuo por profissionais multidisciplinares.

“Durante os atendimentos em consultas, grupos e visitas domiciliares, são realizadas orientações nutricionais gerais e específicas para a mãe, levando em consideração suas necessidades individuais”, declara Edcley Soncin, gerente da UBS Horizonte Azul e da linha de cuidado.

Entre as diretrizes, estão inclusas orientações para os pais e cuidadores sobre como oferecer uma alimentação saudável e nutritiva para o bebê, ao mesmo tempo em que são alertados sobre os malefícios de uma introdução alimentar tardia e/ou realizada de forma incorreta, com a oferta de alimentos industrializados e açucarados nos primeiros anos de vida da criança, por exemplo.

As pacientes aprendem, ainda, a importância da alimentação saudável para um desenvolvimento físico e cognitivo adequado, além das diferentes formas de aleitamento e como realizá-las.

Sobre o CEJAM   

O CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” é uma entidade filantrópica e sem fins lucrativos. Fundada em 1991, a Instituição atua em parceria com prefeituras locais, nas regiões onde atua, ou com o Governo do Estado, no gerenciamento de serviços e programas de saúde nos municípios de São Paulo, Rio de Janeiro, Mogi das Cruzes, Itu, Osasco, Campinas, Carapicuíba, Franco da Rocha, Guarulhos, Santos, São Roque, Francisco Morato, Ferraz de Vasconcelos, Pariquera-Açu e Itapevi.

Com a missão de ser instrumento transformador da vida das pessoas por meio de ações de promoção, prevenção e assistência à saúde, o CEJAM é considerado uma Instituição de excelência no apoio ao Sistema Único de Saúde (SUS). O seu nome é uma homenagem ao Dr. João Amorim, médico obstetra e um dos fundadores da Instituição.

No ano de 2024, a organização lança a campanha “366 Novos Dias de Cuidado, Amor e Esperança: Transformando Vidas e Construindo um Futuro Sustentável”, reforçando seu compromisso com o bem-estar social, a preservação do meio ambiente e os princípios de ESG (Ambiental, Social e Governança).

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(Máquina Cohn & Wolfe)

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