Acaba de ser proibido o trabalho doméstico aos menores de 18 anos. Quantos garotos prestam serviços num período e estudam noutro? Uma infinidade, com certeza. Ainda mais que o dinheiro resultante desse esforço serve para alimentar sonhos de cidadania, de inclusão social. Afinal, nem todos nasceram em berço de ouro.
Isso posto, percebe-se que o governo mete a colher onde não devia. O nosso deputado federal Dimas Ramalho, em concordando com o ponto de vista, pode encaminhar essa reflexão aos canais competentes?
Por outro lado, tramita uma PEC Projeto de Emenda Constitucional, que pretende conceder ao trabalhador doméstico o direito de uma jornada de 8 horas, recebimento de hora extra, adicional noturno, salário-família e FGTS obrigatório.
Certamente faz bem ao coração defender a isonomia dos trabalhadores, mas, se a relação vivida no contexto da realidade brasileira é tranqüila e consistente, pergunta-se de novo à luz da razão: por que o governo tem que meter a sua colher? Essa transformação, s.m.j., causa mais perdas do que ganhos.
Só para exemplificar: algumas mulheres que trabalham fora do lar, ganham o suficiente para pagar a colaboradora doméstica e ajudar na renda familiar. Mas, diante das pretendidas novas obrigações, na politicamente correta esteira da uniformização trabalhista, o que ela fará de imediato? Por isso, mexer na água decantada significa matar a sede com impurezas. Esse é o desejo do governo que existe para defender o interesse da coletividade?
Deputado Dimas, dois temas federais… qual o seu parecer?