(Editorial) Melhor prevenir

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A pandemia não acabou. Então, todo cuidado é pouco. Inclusive, encontros entre amigos e famílias. E eventos com grande público? Simplesmente não é hora.

Precisamos aprender a lidar com novas situações que se apresentam, mas, ao mesmo tempo, levar a vida adiante. Tudo com critério e responsabilidade. Por isso, exemplo dado por governantes torna-se relevante. Se governante promove aglomerações ou permite festas, ele é um péssimo exemplo. Ou não? Ou há concessões?

Araraquara, na passagem de ano, não segurou seus jovens, que se aglomeraram em frente ao Teatro Municipal. Para se ter ideia da quantidade de pessoas, no sábado, primeiro dia do ano, uma equipe de garis teve que comparecer no local, tamanha sujeira que ficou.
A verdade é que festa não combina com máscara. Simples assim. Distanciamento social parece ter virado uma memória distante.

Parece chatice insistir no tema? Será mesmo?

Vejam o resultado de explosão de casos de covid e gripe nos primeiros dias de 2022. Faz com que hospitais públicos e particulares tenham que se desdobrar para dar conta das filas gigantes. A emergência médica está abarrotada.

E não, isso não é exclusividade de Araraquara. Sabemos. Mas isso não torna a questão menos importante.

E, para piorar nossa realidade local, fala-se de Jogos Integra Unesp, previstos para 29 e 30 de janeiro. Dezenas (centenas, na verdade) de jovens vão estar presentes. Tudo natural e claramente recheado a festas, movidas por bebida e música. E tudo bem. Eles são jovens. É esperado que ajam assim.

O que, de qualquer forma, também se espera, em função das circunstâncias restritivas, é que a Prefeitura cancele a realização dos jogos na cidade. Isso, por óbvio, não depende dos jovens. Mas apenas de decisão política: vontade efetiva de proteger a população em momento que se mostra grave.

Resposta da Prefeitura sobre os jogos Integra Unesp

O Comitê de Contingência do Coronavírus do Município permanece atento e acompanhando a situação epidemiológica do município com análises diárias. Assim como vem ocorrendo desde o início da pandemia, todas as medidas adotadas têm como base a ciência e o respaldo jurídico.

A atividade mencionada é um evento privado, autorizado pelo Plano São Paulo, instrumento utilizado para orientar o Comitê na elaboração dos decretos municipais de calamidade pública que vêm sendo publicados ao longo de 2020 e 2021. Não há respaldo jurídico, hoje, para o município proibir sua realização.

Além disso e mais importante é que, neste momento, apesar do aumento do número de positivados, o Comitê avalia que não é necessária a adoção de medidas restritivas nos setores econômicos e sociais, já que o índice de internação em decorrência da Covid-19 continua baixo no município, sem agravamento da doença na imensa maioria dos casos. Ou seja, do ponto de vista da saúde pública, neste momento, não há indicação de colapso no sistema de saúde.

O município está adotando novas medidas para frear as contaminações, entre elas está dobrando o número de equipes de bloqueio para encontrar e isolar positivados e seus comunicantes, além de ampliar o número de pontos de atendimento e testagem de sintomáticos e assintomáticos.

A Prefeitura está trabalhando, mas precisa também da participação da população, que não pode baixar a guarda nesse momento. É fundamental que todos fiquem atentos às medidas sanitárias, que são o uso da máscara e higienização constante das mãos com álcool em gel ou água e sabão. Os setores econômicos e sociais também devem continuar cumprindo rigorosamente o decreto municipal em vigor, disponibilizando álcool em gel e cobrando o uso correto da máscara nos estabelecimentos.

O Comitê vai continuar avaliando diariamente a situação epidemiológica e tomará as decisões necessárias, no momento certo e com responsabilidade.

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