Edinho é oxigenado

A intervenção na Santa Casa foi um tiro no escuro. Ocorreu uma estagnação administrativa porque a saúde é um poço sem fim. O Executivo arranhou a sua imagem. Houve uma sugestão do promotor, sem o processo legal, sem uma sentença do Juizo competente. O ato intempestivo feriu moralmente os que exerciam uma função na Misericórdia que devia 9, agora contabiliza 15 milhões. Edinho navega perigosamente por um fio de navalha e pode comprometer sua história, neste segundo mandato.

Além de posturas político-partidárias discutíveis, como o apoio a um dos candidatos do PT (justamente o que perdeu), o prefeito tenta salvar a Ferroviária, de tantas glórias. O custo dessa salvação é absurdamente enorme: venda, camuflada de eventual e certamente ilegal permuta, do histórico Estádio Municipal que poderá ser impugnada por qualquer pessoa do povo. A desafetação do imóvel, por desuso “já que não interessa ao povo”, será de difícil justificativa.

O campo para campeonatos amadores, o nascimento da saudosa ADA – Associação Desportiva de Araraquara – resultante da fusão dos consagrados São Paulo e Paulista, e de tantos outros eventos não podem ser deletados, jogados ao lixo da história. Como o Teatro Municipal, o Hotel Municipal (cheio de acontecimentos ímpares), a Capela do Asilo…

O prefeito que acabou com o teatro, Edinho quem foi? Nem se fala de sua visão extraordinária, de inúmeras realizações daquele saudoso governador… só o teatro destruído no centro de Araraquara. É isso que pode acontecer com o agente político que, enquanto vereador, foi contrário à venda do Estádio Municipal e lutou para que o povo estivesse a seu lado. E agora?

Sem conjecturas, vamos à oxigenação da imagem do prefeito. Conseguiu, com a dedicação, saber jurídico e experiência do Dr. João Baptista Galhardo a legalização de toda a Vila Paulista, aquele núcleo habitacional perto da Igreja de Santo Antonio que nasceu para acolher funcionários da Cia. Paulista de Estradas de Ferro, com uma bonita chácara e o campo da Atlética Ferroviária.

A casa dos ferroviários, sem registro legal, valia muito pouco. Agora, com registro de nascimento, o imóvel vale o dobro e se constitui numa área nobre da Vila Xavier.

Um belo trabalho, um esforço hercúleo para tranquilizar centenas de famílias e abrir a porteira (como aquela que separava a Vila Paulista, pela Rua Antonio Picaroni) garantindo a legalidade imobiliária e permitindo todos os atos jurídicos no âmbito comercial e sucessório (Direito de Família). Sem dúvida, um trabalho de nomeada do prefeito Edinho e Dr. Galhardo. Digno de aplausos, demorados e entusiásticos.

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