Não pense que o comentário vai caminhar por linhas natalinas, não! A divisão é aquela oferecida publicamente pelo deputado Dimas Ramalho (veiculada na última edição do JA), a fim de que todas as autoridades e representantes de segmentos de notória participação na área possam encontrar uma solução rápida e eficaz para os problemas sentidos pela comunidade regional. É que a Santa Casa é hospital-referência e como tal interessa à região que pretende ser atendida pelo SUS.
Todos sabemos que a assistência à saúde está mal, então de nada adianta fustigar e levar ao calvário o prefeito Edinho Silva que assinou decreto de intervenção e não obteve o apoio dos companheiros de Brasília. O “mensalão” que pelo patinar da carruagem vai respingar em todos agentes políticos, foi prejudicial às legítimas aspirações de nosso prefeito-interventor. E, como bola de neve, os problemas da saúde se multiplicaram e, sem aporte econômico, solaparam os cofres e detonaram a energia do Executivo. Hoje, por causa da saúde que não permite adiar procedimentos médico-hospitalares existe pouco dinheiro para investimento em obras.
Assim, a bandeira fraterna que tremula pela somatória de esforços e divisão de responsabilidade deveria ser bem-vinda por todos que mergulharam nessas águas turvas. Infelizmente não é isso que se percebe. O tempo passa e alguns parecem nutrir a vã expectativa de que a resposta vai cair do céu.
Diante da ausência de uma declaração solidária e conseqüente do prefeito, procuramos esclarecimento, mas, a resposta alinhavada numa espécie de defesa prévia, aumenta a nossa preocupação: leia e tire as suas conclusões.
“O prefeito municipal Edinho Silva está em conversação com os deputados federais Dimas Ramalho e Marcelo Barbieri sobre a situação da saúde pública no município e a gestão dos hospitais, bem como a composição das mesas diretoras da Santa Casa e da Gota de Leite.
É importante ressaltar que a Prefeitura, por meio de sua Secretaria de Saúde, realizará a V Conferência Municipal de Saúde de 16 a 18 de dezembro, momento especial para abrir o debate sobre o modelo de saúde na cidade com toda a população. Vale lembrar que já foram realizados três fóruns preparatórios para a Conferência, acompanhados por cerca de 500 pessoas, entre profissionais da saúde de dentro e de fora do sistema público, líderes na comunidade e população”. (Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Araraquara, 24 de novembro de 2005)