Com o intuito de fortalecer a democracia e garantir que os eleitores de Araraquara tenham acesso a informações essenciais antes das eleições, o Jornal de Araraquara entrou em contato com todos os candidatos à Prefeitura para realizar uma entrevista. O objetivo foi proporcionar um espaço onde os candidatos pudessem expor suas propostas, soluções e visões para os desafios que a cidade enfrenta, permitindo que o eleitor tenha uma compreensão mais clara e aprofundada sobre as diferentes abordagens para os problemas locais.
Cada candidato recebeu o mesmo conjunto de perguntas, abrangendo temas de grande relevância para o município, como saúde, educação, infraestrutura, economia e sustentabilidade. O espaço dedicado a cada resposta foi previamente limitado, de forma a garantir equilíbrio entre os entrevistados, e todos tiveram o mesmo prazo para o envio de suas considerações.
Por meio dessas entrevistas, o Jornal de Araraquara reafirma seu papel como um veículo de comunicação comprometido com a transparência, o debate democrático e a responsabilidade de manter a população informada, especialmente em momentos decisivos como as eleições municipais.
Tiago Pires – PCO – 29

- Mobilidade Urbana: Qual é o plano do seu governo para aprimorar a mobilidade urbana na região central? Leve em consideração como o preço e a qualidade do transporte público.
O Partido Causa Operária defende que conselhos populares controlem todas as decisões sobre investimentos em infraestrutura, transporte, saúde, educação, cultura e outras áreas fundamentais. O povo conhece suas necessidades, como conforto e tipo de transporte, incluindo frota, novas linhas e horários. Serviços essenciais não devem servir ao lucro; a mobilidade urbana só será um direito garantido se o transporte público for gratuito e estatal. Acidentes de trânsito não serão evitados com uma indústria de multas, que funciona como um imposto para enriquecer banqueiros. Esse problema requer consulta popular e um grande plano de obras públicas para criar empregos.
- Redução de Temperatura e Reflorestamento: qual é o plano do seu governo para lidar com as altas temperaturas?
A população dos bairros deve decidir sobre a construção de parques arborizados onde achar necessário, com o investimento necessário alocado para isso. Além de melhorar a questão térmica, cria novos empregos e atende demandas sociais por atividades ao ar livre e qualidade de vida. Para preservação e reconstituição de reservas florestais e bosques, projetos devem ser apresentados à população por concurso público, garantindo transparência e envolvimento popular. Também é preciso destinar recursos para a preservação de mananciais e proteção de reservatórios como o Aquífero Guarani, assegurando maior segurança hídrica ao município.
- Combate à falta de água: de acordo com o DAAE, Araraquara passa por uma situação crítica em seu abastecimento de água. Qual seu plano para impedir que incidentes assim aconteçam novamente?
A crise de abastecimento de água é atribuída à “mudança climática”, a mesma justificativa usada por Eduardo Leite para a inundação no Rio Grande do Sul. Essa tese oculta que a política neoliberal é a verdadeira causa da tragédia, com recursos para barragens e bombas sendo entregues a banqueiros. A crise hídrica, que gera racionamento de energia e maior despesa para o povo, resulta de serviços essenciais voltados ao lucro. Essa política, impulsionada pelo imperialismo, mantém o país no atraso e impede a exploração do petróleo, parte da solução. A falta de recursos para grandes obras decorre dos banqueiros que consomem metade da arrecadação do país. O povo precisa se organizar para exigir o fim do teto de gastos e do pagamento da dívida pública.
- Reajuste para Funcionários Públicos e SISMAR: o reajuste aos funcionários públicos foi um assunto problemático no ano de 2024, muito descontentes com o atual governo, qual é o seu plano para prestar um melhor local de trabalho para essas pessoas?
Um governo que representa trabalhadores deve colocar suas organizações à frente da política institucional, valorizando e combatendo ataques aos direitos dessa classe. O PCO defende um aumento emergencial de 100% no salário mínimo, e nenhum servidor deve ganhar menos que isso. O DIEESE indica que o salário vital deve ser cerca de 7 mil reais, sendo esse o parâmetro para ajustes salariais. Também defendemos uma jornada de 35 horas para ampliar o emprego e o fim da terceirização. Na saúde, a construção de hospitais e postos, compra de equipamentos e contratação de profissionais devem contar com a participação dos trabalhadores e da comunidade. O mesmo se aplica à educação, envolvendo professores, servidores, pais e alunos nas decisões.