“Canal Direto com a Prefeitura – Especial Fim de Ano” apresenta balanço do Bem-estar Animal

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Foto: Pedro Junqueira - Carol Mattos Galvão participou da edição desta quarta-feira do Canal Direto com a Prefeitura - Especial Fim de Ano.
Coordenadora Carol Mattos Galvão foi a entrevistada da edição desta quarta-feira (29) do programa produzido pela Secretaria Municipal de Comunicação
 
Dando sequência à série Especial Fim de Ano, o “Canal Direto com a Prefeitura”, programa produzido pela Secretaria Municipal de Comunicação, convidou para sua edição desta quarta-feira (29) a coordenadora de Bem-estar Animal da Prefeitura, Carol Mattos Galvão, que fez um balanço das ações da coordenadoria em 2023 e uma projeção para 2024.

Carol falou sobre as atribuições da Coordenadoria de Bem-estar Animal. “É importante destacar que a coordenadoria é um órgão municipal. Muitas cidades da região pedem suporte do Bem-Estar Animal de Araraquara e o Bem-Estar Animal de Araraquara só atua em Araraquara. Então, são várias frentes do trabalho da coordenadoria, como a fiscalização de combate aos maus tratos, a apreensão de animais em situação de maus tratos, socorro a animais errantes que precisam de atendimento médico veterinário, entre outras. E é importante destacar que não tem como recolher todos os animais da rua, primeiro porque isso fomentaria o abandono, segundo porque não teria espaço para isso e terceiro porque o confinamento não é política pública, eles ficam extremamente estressados. Então, os animais acolhidos são aqueles que realmente precisam de suporte, atropelados, agônicos, debilitados, fêmeas prenhas ou no cio e filhotes. O plantão, que é o único serviço que existe 24 horas na região, também funciona só para Araraquara, somente para animais que precisam de socorro imediato. Então, as pessoas precisam entender a diferença do que é rotina e do que é plantão, urgência e emergência. O que é urgência e emergência? O bicho precisa de socorro agora. Isso é urgência e emergência. E nesse caso, o fiscal é quem avalia se aquele atendimento é de urgência ou emergência”, explicou.

A coordenadora mencionou que pessoas de outras cidades abandonam animais em Araraquara. “Eu falo que a conta não fecha. Nós temos cerca de 4 mil castrações por ano, entre castrações para a população até três salários mínimos, que também é só para Araraquara, além dos animais do protocolo CED,  que é o Captura, Esteriliza e Devolve, que é o controle populacional de animais de rua. E com tudo isso, não fecha a quantidade de animais que nós temos abrigados hoje, que são 649, dentre eles 120 gatos, um pouco mais de 50 cães e um cavalo, porque também tem animais de grande porte, que quando estão em maus tratos também são acolhidos pela coordenadoria e depois disponibilizados para adoção”, salientou.

Carol citou duas ações de destaque de sua coordenadoria em 2023. “Tivemos o Araraquara Pet Folia, que foi a campanha de adoção do Carnaval, que teve desfile e foi muito bacana, com uma interação entre as pessoas que já têm animais com os animais que precisam de um lar, e também a campanha de chipagem, que nós fizemos em agosto e que pretendemos programar para poder fazer outras, mas nos bairros. A chipagem em Araraquara é obrigatória, então a pessoa, se ela recebe a fiscalização, os fiscais vão intimá-la a chipar. E a chipagem serve para comprovar que aquela pessoa é tutora do animal, tanto quanto responsabilizá-la pelos cuidados que ela deve ter com o bichinho. Os animais que são castrados pela coordenadoria têm uma marquinha azul dentro da orelha. Todos animais chipados têm a marca, não necessariamente todos porque tem animais que são castrados em outras clínicas e aí não têm a marquinha na orelha”, apontou.

Segundo a coordenadora, Araraquara teve um total de 408 animais adotados até o momento em 2023, um número expressivo, mas que precisa aumentar. “Muitas pessoas adotam os animais e quando surge um revés na vida, elas acham que esse animal tem que ser acolhido pelo município. Não será acolhido, a responsabilidade é do tutor. O animal é como se fosse uma criança, a gente não pode descartar, são seres sencientes, não são objetos. Recebemos ligações dessa natureza todos os dias. São pessoas que dizem que não querem ficar com o cachorro porque se separaram, porque vão mudar de cidade, porque vão mudar para apartamento, então são várias desculpas. Eu falo desculpas porque no momento que a pessoa foi adotar, ela se programou, ela gostou do animal e aí dá a impressão que ele não serve mais. Como alguém pode perder o amor em um bichinho como esse?”, questionou.

Carol, que participou da entrevista com sua cachorrinha Tita no colo, usou o exemplo do seu bichinho para exemplificar a situação de muitos animais que aguardam uma família. “A Tita foi resgatada em situação de maus-tratos, extremamente debilitada, com TVT, que é um tumor venéreo. Ela foi descartada a partir do momento em que ela ficou doente. Aí foi acolhida pela Prefeitura e ficou no canil. Eu a conheci muito diferente do que ela está hoje, tanto que muita gente acha que ela é comprada, de raça, mas não. Ela é adotada do canil. E essa é a situação de vários outros animais. Então, eu falo que todos os animais não têm a mesma sorte dela e de todos os outros que são adotados. Ficar confinado promove estresse, faz com que os animais adoeçam e é triste. Eles foram vítimas da maldade humana e são eles quem ficam confinados. Não é justo. Tem gente que fala que não tem coragem de visitar o canil. Tudo bem, mas de querer colocar lá ela tem, não é? Então fica a cutucada”, ressaltou.

Ela reforçou que canil e gatil são locais de passagem e não um lar para esses bichinhos. “As pessoas precisam parar com esse preconceito de não querer adotar animal adulto. Animal adulto é maravilhoso, ele já vem com o perfil definido, com o porte definido, temperamento definido. E a maioria dos animais que estão para adoção são machos adultos pretos e caramelos, que são os que vão ficando e que ninguém quer”, acrescentou.

Carol reforçou que a Prefeitura realiza duas vezes por mês a Campanha de Adoção de Animais. “As campanhas estão acontecendo no primeiro e no terceiro sábado do mês. Excepcionalmente em novembro demos uma mudada e agora em dezembro vamos ter uma, que vai ser a maior, marcada para o dia 16. Vai ser a última campanha do ano”, citou.

A coordenadora deixou seu agradecimento a todos que colaboraram com a sua coordenadoria ao longo de 2023. “Agradeço a todo mundo que adotou animais esse ano, que participou das campanhas, os voluntários do Amigo Bicho, que participam passeando com os cães. Agradeço a todos os meus colegas e amigos de trabalho, porque sem o trabalho do pessoal, a coordenadoria não funcionaria. Espero que em 2024 as pessoas adotem mais, as pessoas se sensibilizem mais, porque o nosso sonho é que os canis estejam vazios. E que esse trabalho exista para fiscalizar, conscientizar, mas que os canis e gatis estejam vazios. É essa a nossa missão”, concluiu.

 
Ao vivo

O “Canal Direto com a Prefeitura” vai ao ar de segunda a quinta-feira, às 12h30, ao vivo na página da Prefeitura no Instagram. A íntegra dos programas fica disponível para visualização no próprio Instagram, no Facebook e em outras plataformas digitais, incluindo o formato de podcasts.
SECRETARIA MUNICIPAL DE COMUNICAÇÃO
PREFEITURA DE ARARAQUARA

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