Juarez Alvarenga
Saímos da cama para a vida, quando o amanhecer nos traz a realidade transformadora de sonhos e renovadora de novas esperanças, a cada novo dia que se inicia.
Os projetos da noite, nascidos com a chegada das estrelas devem ser edificados com a entrada do sol que nos traz luz, esperança e renovação de vida.
Ao amanhecer devemos sentir o impacto da realidade, descobrindo novas fontes, para que o fluxo das águas encontre novos caminhos. Agredir a realidade como faz um boxeador em seu adversário, tomando posições ativas diante do real, dominando seus ímpetos e construindo, com valentia, os projetos idealizados.
A vida nos afigura como um jogador a bater o tiro de meta, não sabemos quais serão as jogadas, mas de qualquer forma, em algum momento será atingido o gol do adversário.
Com o amanhecer, as coisas iniciam a mostrar que o sucesso é um processo contínuo. O conjunto de manhãs vitoriosas transformam em realizações os mais contidos dos sonhos. É, em verdade, um jogo de dominó, onde cada peça busca o seu correspondente.
Se na noite idealizamos, é nas manhãs que devemos realizar, colocando o pino na tomada, eletrizando nossos sonhos, com energias novas e potentes, incendiando nossos atos com realizações, onde jogamos na fogueira novos sonhos capazes de nos mobilizar para desejados projetos.
Pela manhã estamos mais distantes do anoitecer ou da novela das seis, e tal distância, nos traz a consciência de que a vida nos impõe obstáculos durante o dia, para nos proporcionar fantasias ao anoitecer. É preciso caminhar firme e determinado, enfrentando todos os obstáculos diários, mergulhando na realidade e clareando o fundo, de onde nos será permitido tomar atitudes sábias e refletidas.
Se existe novas manhãs deverá existir sempre novas esperanças, cujo o sonho bem trabalhado poderá transformar-se em novas realidades.
Se a cada manhã tem-se o início de novas oportunidades, ao sairmos da cama, para a vida, devemos instrumentalizar, com sabedoria, sonho e realidade, de modo de equilibrar e nivelar estes opostos.
