Colaborador: Bruno Sanches Bosso Munhoz
O FAROL
Lançado em 2019, mas como se fosse um filme feito antes da colorização das telas, “O Farol” é aquele típico filme cult em que: 70% das pessoas não vão assistir por não se interessarem; 20% vão pelos atores; e o restante vai por gostar de filmes e descobrir qual a próxima coisa doida que irão ver nas telonas. Com Robert Pattinson e Willem Dafoe no elenco, fazendo um dueto de cenas ao longo de todo o filme, uma tela quadrada, imagem em preto e branco e um roteiro que te faz duvidar de seus gostos para filme, “O Farol” é o filme de analise dessa vez.
Se passando no início do século XX, Epharaim Winslow (Robert Pattinson) começa a trabalhar como ajudante de um faroleiro, Thomas Wake (Willem Dafoe), para tentar seguir em frente depois de um passado conturbado no continente. Durante todo o seu período na ilha, ele realiza trabalhos pesados enquanto tenta descobrir um pouco mais da vida de seu chefe e de seu antigo serviçal. Até que um dia vê uma cena estranha de Thomas pelado na parte de cima do farol, onde ele era proibido de entrar. A partir desse momento o filme começa a ficar estranho. Tendo Epharaim socorrendo uma sereia, tempestades no mar, o navio não indo buscar eles na data correta e o estoque de comida e água acabando. Menos as bebidas alcóolicas que tem quase o mesmo tempo de tela que os atores.
Sendo considerado por muitos como um ótimo filme de terror, tanto que foi indicado ao Oscar de melhor fotografia e outras indicações a melhor ator coadjuvante em outros prêmios. Escolhi ver esse filme sem saber direito do que se tratava, apenas sabia que era algo fora do comum e que tinha ganho a atenção de diversos amantes de cinema.
Ao começar a assistir, me chamou a atenção como o filme foi gravado: tela em preto e branco, com uma câmera quadrada, medidas para dar um ar de antiguidade ao filme e aumentar a tensão para o terror. Este que não é daquele de dar sustos ou um psicológico, apenas é aquele terror em assistir cenas nojentas, violentas e sem um filtro do que é aceitável de ser feito em sociedade. Com o desenrolar da história, acabei ficando curioso para saber o que se passava na torre do farol, igual ao Epharaim. Aliás, tenho que destacar a atuação de Pattison e Dafoe nesse filme. Foram brilhantes, sensacionais e foi uma maneira do primeiro sair da sombra de crepúsculo, mostrando que é muito mais que um vampiro adolescente.
Em conclusão, não é um filme fácil de assistir. É demorado, você acaba por ficar perdido com o propósito dele e no final fica perplexo. Se você gosta de filmes diferentes, com uma pegada de terror, assista. Espero que goste. Para mim, é um bom filme. Nota: 7/10. Obrigado.
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