A poluição assenta-se numa grave omissão

Situação caótica

Até o prefeito da USP, Dagoberto Mori, promete entregar uma estação de tratamento de esgoto para eliminar os emoluentes que, presentemente, dirigem-se ao velho e sofrido Jacaré. Mas, a cidade de São Carlos continua jogando in-natura todo o esgoto gerado por sua população. Um crime contra a natureza em plena “Capital da Alta Tecnologia”. Essa situação não pode prosperar.

Gavião Peixoto, segundo telefonemas à redação após denúncia da última edição do JA, também joga esgoto no Jacaré, sem plano para tratá-lo.

O incrível, num período de vacas magras dá tristeza testemunhar trabalho mal-feito em Boa Esperança do Sul cuja Estação Elevatória e emissário não foram contemplados com a melhor engenharia. E o dinheiro do povo, literalmente, jogado ao lixo. Para o equipamento funcionar, hoje, exige-se grande soma de dinheiro. A prefeitura está numa encruzilhada: realizar as mesmas obras de infra-estrutura, já pagas, mas, que não aguentaram o tranco, ou continuar jogando esgoto no rio. Felizmente, a administração optou pela primeira alternativa e reafirma a máxima: quem faz mal, paga duas vezes. Diante dos fatos, resta somente um caminho aos nobres vereadores: a Comissão Especial de Inquérito. Será que alguém votará contra a comissão de investigação? Antes, porém, quem terá a coragem e responsabilidade de apresentar a CEI? A pergunta tem sentido porque vários vereadores, dentre eles os senhores Abel e Marco Aurélio, ouviram a explicação do Eng. João Toti, convocado para mostrar a realidade da Estação de Tratamento, e, infelizmente, ficaram no mais absoluto silêncio. (G. Polezze)

O poder político-administrativo de Boa Esperança do Sul merece o olhar crítico do Ministério Público: o Executivo, que fez o projeto e determinou a realização das obras (?); e os vereadores que, por dever constitucional, deveriam fiscalizar e, supostamente, omitiram-se. E, ainda, os vereadores atuais caso deixem de investigar a situação verdadeiramente indigesta. As obras, vistas até por leigos, não tiveram a melhor execução. Assim, o dinheiro do povo não teria sido bem aplicado. Pode-se chegar à conclusão por um simples detalhe: estouro da tubulação diante do conjunto de motobombas, acionado para o recalque do esgoto até à Estação de Tratamento. Vale dizer, do poço de recebimento do material à sucção e respectivo recalque, a tubulação transformou-se em mal-cheiroso chafariz. A ETE não funcionou e, diante do esgoto jogado no rio, ganhou a reprimenda da Promotoria Pública. A Cetesb também agiu e deu prazo para que a estação fosse colocada em funcionamento.

Primeiro passo

Uma Comissão Especial de Inquérito para elaboração de parecer sobre eventuais falhas técnicas e econômicas, depende da Câmara Municipal.

Os documentos devem ser requisitados, com depoimentos de pessoas envolvidas. Enfim, os vereadores têm em mãos a chance de realizar a tarefa que o povo espera de cada um, quando do voto democrático: defender o elevado interesse da coletividade.

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