Um radialista, ao entrevistar o vereador Chediek, imputa-lhe o interesse partidário no episódio da agressão perpetrada contra repórter-fotográfico ao cobrir jantar de confraternização no Velho Armazém. O prefeito Edinho Silva diz que Pedro Tedde tem interesse político ao se pronunciar. O diretor geral da Tribuna Impressa, Antonio Carlos Pereira de Almeida, afirma que “não temos a menor pretensão de participar do jogo político partidário. Este é um compromisso que eu faço com a cidade e que o prefeito precisa saber disso, porque sempre fica desconfiado que vai haver uma mudança de comportamento, e que é parte do jogo político”.
Fincamos a atenção, para espelhar nosso ponto de vista, em apenas três das muitas manifestações.
O vereador Chediek demonstrou, com brilhantismo e sem ferir a honra de ninguém- inclusive e especialmente a do ilustre Dr. Sérgio Médici que presidiu o certame licitatório- que deseja saber por que 40 empresas retiraram o edital completo da concorrência do lixo e apenas duas apresentaram proposta?
A dúvida do vereador é compartilhada por muita gente da comunidade. Por que não quiseram a fotografia? Chegaram a usar de violência porque se poderia detectar alguma ligação negativa entre representantes empresariais e funcionários da prefeitura? Mas, agora, registrar que o Sr. Ademir de Souza está sendo processado em Matão, quando prestava serviço à gestão petista, é irrelevante. Resta saber, no entanto, por que saiu correndo daquela mesa?
O prefeito Edinho não deveria ter permitido, conforme ficou assentado na entrevista radiofônica dos vereadores Chediek e Edna Martins, trabalho para obstacular a constituição da CEI- Comissão Especial de Inquérito. Antes, a bancada do PT deveria ter sido a primeira a trabalhar no sentido de pulverizar, dirimir as dúvidas.
Aduzir que Pedro Tedde está partidarizando é fugir do cerne, do apelo central.
Por derradeiro, lamenta-se a decisão pública do Sr. Antonio Carlos Pereira de Almeida de não filiar-se a um partido (determinação legal para quem deseja disputar um cargo eletivo). Um direito inalienável e que dependeria, unicamente, de eventuais eleitores em número suficiente.
Os interlocutores que, ainda, usam da velha e surrada técnica de desqualificar o oponente para fugir da discussão central mostram-se pobres, altamente vulneráveis e desrespeitosos com os circunstantes.