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A Cultura em Diálogo

"Pretender dizer que a oração é inútil é o mesmo que afirmar que se pode chegar a algum lugar sem caminhar".

Bom dia. FELIZ ANO NOVO. É o que eu desejo de todo o coração aos leitores desta humilde coluna. Espero que todos tenham tido um grande ano de 2005 e que, em 2006, as realizações sejam compensadoras. Para mim 2005 foi um ano de muito trabalho acadêmico. Mas, ao final, foi altamente compensador. No dia 19 de dezembro defendi minha dissertação de Mestrado em Comunicação, na UNESP de Bauru. Como o objeto de minha pesquisa foi o Caderno 2 do jornal O Estado de S. Paulo, fui agraciada com uma matéria publicada no dia 21 de dezembro. Matéria essa feita pelo jornalista Chico Siqueira, a qual tomo a liberdade de transcrever.

Críticas de Castello viram tese.

Acadêmica relaciona resenha literária com jornalismo factual.

A crítica literária de José Castello é ferramenta e base para a tese de mestrado que a professora Terezinha Bellote Chaman defendeu na segunda-feira na Faculdade Arquitetura, Artes e Comunicação (Faac) da Unesp de Bauru. A professora selecionou textos do crítico literário, publicados no Caderno 2 entre 2001 e 2002, para dissertar sobre as relações e os resultados do encontro entre os jornalismos literário e o factual, na tese Relação de Interface: Jornalismo Especializado em Literatura no Jornalismo Periódico.

“O objetivo é encontrar o campo resultante da intersecção da ficção com a imprensa periódica por meio das obras de crítica literária realizadas por José Castello no Caderno 2 do Estado“, diz a professora. “Vamos analisar o saber literário e o saber jornalístico e daí encontrar os elementos que ressaltam a importância dos segundos cadernos para a interação entre leitor e jornal e vice-versa.”

Para isso, Terezinha analisa o “cruzamento do jornalismo periódico versus o jornalismo especializado em literatura”, usando as abordagens do trabalho de Castello. “Tais abordagens revelam um percurso da poesia brasileira de 1922 até os nossos dias, emergindo todo o conhecimento de um articulista com exercício crítico”, acrescenta.

CONDIÇÃO HUMANA

Segundo ela, o encontro da literatura com a factualidade dos assuntos diários permite uma análise dos papéis do jornalismo e da literatura: “O jornalismo periódico, que tem como essência a informação, o relato e apreciação de fatos, possui um julgamento racional e é direcionado ao âmbito da informação social, enquanto o jornalismo especializado em literatura é essencialmente humano e cultural, e direcionado ao âmbito da condição humana. Por isso, a literatura e o jornalismo constituem âmbitos privilegiados para a reflexão sobre a implicação entre ciências sociais e humanas”, explica. Na opinião da professora, essa reflexão possibilita chegar a um conjunto de elementos comuns entre os dois tipos de jornalismo, que depois de analisados, levam a um melhor conhecimento do público leitor e do discurso jornalístico e aos resultados desse universo. “Assim, penetramos na operadora da passagem, na interface e fundimos os horizontes do discurso literário e do discurso jornalístico. Então, examinamos o leitor jornalista, o leitor do jornalista, o leitor princípio e fim.” A banca examinadora foi formada pelos professores-doutores Nelyse Salzedas, Ângelo Aranha e Suely Flory.

Quero agradecer ao editor Dib Carneiro a deferência à minha pesquisa. Foi um momento especial de felicidade ter meu trabalho reconhecido por tão importante órgão de imprensa do nosso país.

Relevantes também foram as palavras documentadas pela banca examinadora. Se me permitem, gostaria de transcrevê-las. Segundo dizem, os momentos importantes de nossa vida devem ser compartilhados com aqueles a quem dedicamos afeto e carinho. Como sinto um grande afeto e carinho por todos os meus leitores, tomo essa liberdade.

Parecer Circunstanciado.

"A dissertação defendida está muito bem estruturada, utilizando-se de uma metodologia apropriada ao tema proposto e um roteiro abrangente sobre o assunto, partindo da contextualização da interface literatura/jornalismo, passando por um percurso diacrônico sobre a crônica e chegando à análise das críticas de José Castello. Realiza uma fusão forma e conteúdo, revelando um discurso aliciante, bem fundamentado e de leitura agradável. Recomenda-se a publicação pela relevância do assunto, competência da mestranda e a segurança da orientação". Nelyse Salzedas, Ângelo Aranha e Suely Flory.

Apenas um comentário: Está magnífica a minissérie JK, que está sendo veiculada todas as noites pela Rede Globo de Televisão. Com grande riqueza de detalhes e informações, que fazem parte da história de nosso país. História essa que podemos dizer: aconteceu há pouco tempo. É bom que nossos jovens tomem conhecimento, até para fazerem um comparativo entre os políticos de ontem e os de hoje.

A propósito, lendo nesta sexta-feira (06) a coluna de nosso conterrâneo Ignácio de Loyola Brandão, no jornal O Estado de S.Paulo, fiquei sabendo que quando jovem (e não faz muito tempo), ele teve o privilégio de entrevistar o Presidente Juscelino. Foi apenas uma pergunta e uma simples resposta que tornou-se manchete no dia seguinte. Para Loyola motivo de orgulho.

Mas um trecho da matéria chamou-me especial atenção, quando Loyola diz: "JK, o presidente bem-amado, o estadista (merece a palavra) moderno, o otimista, o bem-humorado que nos fez acreditar que o Brasil poderia ser grande, ao contrário desse Lula soturno, de maus bofes, incompetente. JK, sigla mágica. Homem de um Brasil que seria e não foi porque teve Jânio, Jango e os generais".

Reitero, são palavras textuais de Ignácio de Loyola Brandão, em sua crônica datada de 06/01/2006.

"A melhor notícia não é a que se dá primeiro, mas a que se dá melhor".

Desejando fazer contato – celp@terra.com.br

Até a próxima semana.

Profª Teresinha Bellote Chaman

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