Texto: Benedito Salvador Carlos (Benê)
Recentemente, no dia 14 de julho, deixou-nos Waldemar Zago.
Natural de Jaú-SP, cidade vizinha de Araraquara, chegou à nossa cidade por volta do ano de 1971 e aqui se instalou, adquirindo a oficina de Lambretas e Vespas denominada Moto Veslam.
Já era velho conhecido e rival do pessoal do Moto Clube Araraquara quando representava sua antiga cidade, porém, aqui estabelecido, tornou-se um grande parceiro de nossa equipe. Na companhia de José da Penha Moreira, Adolpho Tedeschi e Eduardo Luzia, ajudou no nascimento de uma equipe extremamente vitoriosa e respeitada no Brasil inteiro, em qualquer centímetro que disputasse uma corrida de Lambretas e Motocicletas, tão comuns naquela época.
Desenvolveu a lendária Lambreta 88, um foguete, que em suas mãos, e também nas de Manolo Lima, Peixeiro e Berto Zabrage, tornou-se quase invencível.
Depois, com o fim de uma geração de pilotos, dedicou-se ao kartismo, e novamente, de suas mãos, o sucesso chegou. Pilotos como Airton Bolzan, Nilton “Boca” Gonçalves, Nenê Cattani e Fábio Gomide reescreveram, nas quatro rodas, o que já havia acontecido em duas.
Zago era tudo de bom: leal, humilde, generoso, cidadão exemplar e grande amigo — o “Paizão” de todo jovem piloto que participava de sua equipe. Dentre eles, Antônio Pizzonia, que, depois de passar por aqui, chegou ao seleto time da Fórmula 1.
Por todos esses feitos, tornou-se uma referência nacional quando o assunto era preparação de motores de 2 e 4 tempos.