A sequência de editais suspensos pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo é qualquer coisa que se aproxima do absurdo, para dizer o menos. Parece que os vereadores assopram e não querem perder a chance de ficar próximo do poder. No entanto, o episódio desta semana quando um fotógrafo do jornal Tribuna Impressa foi agredido ao flagrar o presidente da Comissão de Licitação com representantes de empresa que teria participado do processo licitatório, não permite qualquer omissão. Tanto que o vereador Annuar promete ingressar com pedido de uma CEI- Comissão Especial de Inquérito- na próxima sessão ordinária.
Num debate, via rádio, o presidente Ademir de Souza negou e disse que o fato estava sendo politizado. Disse mais: “nunca houve tanta transparência como na gestão de Edinho Silva. No passado, se fazia uso apenas de carta-convite. Mas, estamos ao dispor e respeitamos os vereadores de Matão (Sic)”. Pedro Tedde, como testemunha, disse que estranhava a ocorrência no Restaurante Armazém e “espero que a verdade venha à tona”. Aliás, todos nós- contribuintes e eleitores- esperamos.
Por exemplo, como Ademir de Souza afirmou que faltou transparência no passado e que existem 400 processos em andamento no Tribunal de Contas e, por isso, foi necessário contratar o advogado Vogran (segundo Annuar, ao custo de 52 mil reais), o vereador Carlos Manço deveria, por questão de coerência, lutar para esclarecer. Até porque fez parte de muitos anos do Executivo e hoje representa o povo na Câmara Municipal. Carlos Manço não pode continuar fazendo média, mordendo e assoprando. Annuar prometeu, mas, o Manço não pode se omitir. Deve isso ao povo, não pode deixar de cumprir a obrigação.
Ou vamos continuar afirmando que o vereador Edinho Silva faz falta ao Legislativo araraquarense?
Só não se esqueçam: todos são inocentes até que se prove o contrário, com provas mansas e pacíficas. Essa máxima tem sido, infelizmente, jogada ao lixo nos meios políticos.
