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Vera Botta

A vida sempre vale a pena

Começo com um agradecimento. Recebi cumprimentos e afagos bem vindos pela minha coluna anterior Perdas e Ganhos. De pessoas de diferentes idades, homens e mulheres que, independentemente da posição político-partidária me disseram que eu havia tocado em sua sensibilidade. Fique feliz e lhes repeti que qualquer perda dói mesmo. Não adiante querer pular este sentimento. Não queria perder, nem seria hipócrita de dizer que pulei de alegria por não ter sido reeleita.

Muitos me disseram que minha vida seria mais tranqüila sem o trabalho cotidiano da Câmara. Com certeza!!! Tenho procurado lidar de forma saudável com esta perda. O apoio de muitos vem sendo fundamental…Para reforçar a convicção que tenho de que não perdi o espaço da ética, dos afetos, da humildade e da coragem…Tomo mais uma vez de empréstimo Lya Luft “Lidar com a perda vai depender do que encontrarmos em nosso interior: se nesse lugar crescem árvores sólidas, teremos onde nos agarrar. Se houver apenas plantinhas rasteiras, estaremos mal. Por isso, aliás, a tragédia faz emergir forças insuspeitadas em algumas pessoas e para outras aparece como uma injustiça pessoal ou uma traição da vida”.

Por tudo isso e muito mais, a perda não me tirou a esperança e a vontade de lutar. Sem dúvida, a vida sempre vale a pena. E vamos aos flashes de Veracidade.

A temperatura oscila e os ânimos esquentam

Clima de suspende no ar! A dança das cadeiras da Câmara teve o seu final, mas o ZUM…ZUM…ZUM continua ao som de outro ritmo. Saímos da frieza do Legislativo para o aquecimento do Executivo. Na pauta da Câmara somente assuntos corriqueiros. No cotidiano da Prefeitura, ares de mudança norteiam a situação. Quem fica? Quem vai? Quem volta? Quem entra? Muitas perguntas, poucas respostas. A dúvida ainda é a maior certeza.

A Câmara, segue em ritmo morno. Sessões rápidas, muitas ausências o ritmo de absorção de perdas não é o mesmo para todos as pessoas – pouca discussão na Tribuna. A necessidade de adaptação das Comissões Permanentes ao número de vereadores do próximo legislativo causa apreensão… Suprimir a Comissão de Obras? Diluí-la em uma Comissão de Assuntos de Interesse de Município? E o trabalho acumulado da Comissão de Obras e o seu empenho em não ceder, sem aderir aos apelos – exagerados na minha opinião – de alteração do zoneamento urbano?

E os esforços de se dar pareceres com critérios na Comissão de Justiça? É o preço que poderá ser, injustamente, pago pela cidade e pelos cidadãos araraquarenses. Apenas para lembrar: O Plano Diretor está na Câmara, aguardando convocação de uma Sessão Extraordinária. O Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos voltou ao Legislativo… As dúvidas sobre as questões jurídicas levantadas continuam… Não dá para empurrar com a barriga decisões sobre pontos cruciais para o futuro da cidade e do funcionalismo público municipal.

Mobilizar é preciso!

É com muito empenho que representantes de órgãos como o Centro de Referência da Cidadania, o Conselho Municipal de Combate à Discriminação e ao Racismo, ONG FONTE e educadores de Ibaté, Matão e São Carlos estão se reunindo semanalmente para organizar a “1ª Conferência Regional de Promoção da Igualdade Racial”. Prevista para os dias 26 e 27 de novembro. Boas novas! Grupos de Trabalho discutirão as propostas da região que serão levadas para a Conferência Estadual, que será realizada em março do próximo ano, objetivando a proposição de diretrizes para a Conferência Nacional que acontece em maio de 2005 em Brasília. Após a definição dos temas, “A Educação como Construção das Relações Raciais e Sociais”, “O Resgate do Patrimônio Sócio-Histórico da Cultura Afro” e a “Geração de Trabalho e Renda: um Olhar para a Juventude Negra”, mãos à obra.

Araraquara precisa ter boa representatividade e abrir, de vez, o caminho das ações afirmativas contra a discriminação e o preconceito!!!

Mulheres em destaque

A mobilização de nossas mulheres não é diferente. Com objetivos diferentes, mas com o mesmo empenho, as mulheres do município também estão se organizando para o dia 25 de novembro, o qual é dedicado ao “Dia internacional pela eliminação da violência contra a mulher”. O Centro de Referência da Mulher traz novamente à discussão a luta das mulheres contra a discriminação e a questão da violência doméstica. Exige-se que as preocupações do espaço privado passem ao espaço público, sendo a violência enfrentada como um problema social a ser combatido com políticas públicas… A preparação dos eventos está a todo vapor. Palestras, Oficina e movimentos para conscientizar são destaques do próximo período. A participação de todos é fundamental!!! Mulheres em movimento! Sinais de que a vida vale a pena!

A Coluna fica por aqui! Com o desejo de que as energias positivas possam fluir e desanuviar as tensões do momento. Entre altos e baixos, o que vale é a esperança de um amanhã melhor.

Boa semana a todos. Até a próxima!

(*) É vereadora pelo PT e pesquisadora da Uniara.

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