Um mundo melhor e igualitário

Nascida em Araraquara, Fátima Maria Costa é aposentada e durante alguns anos lecionou, em São Paulo, as disciplinas Portuguê e Inglês.

Mãe de Nelson Luiz Costa Silva e avó de três netos, Fátima Maria é uma brasileira que torce para que o Brasil vença os antigos e novos desafios, mas não se esquece das dificuldades que precisam ser enfrentadas.

Convidada por Sarah Coelho Silva, ela é destaque em Gente:

Fale sobre a sua infância.

Nasci em Araraquara e me orgulho muito disso. Minha infância foi tranqüila, minha família era pequena, somente com um irmão, mas bem constituída. Tínhamos todo o conforto de uma família de classe média da época.

Esteve fora muito tempo?

Quando eu tinha mais ou menos sete anos, meu pai foi transferido para trabalhar em São Paulo. Então, mudamos para lá. Foi lá que completei o curso ginasial, depois, voltando, ingressei no Colégio Progresso. Mudei novamente quando me casei e há quatro anos estou em Araraquara, onde pretendo viver o resto de meus dias. É aqui que tenho minhas raízes.

Porque escolheu Araraquara para viver?

Foi uma decisão tomada em conjunto. Além do fato de minha nora ser de família radicada aqui, meu filho morou muitos anos fora do Brasil e seus filhos gostavam muito de passar férias em Araraquara. Eles resolveram comprar uma casa, aonde eu e minha mãe vivemos e em todos as férias eles vêm para cá.

Seu filho e a família moram no Rio de Janeiro. Como você vê o problema da segurança?

É um problema que aflige a todos, no Rio de Janeiro, em São Paulo ou mesmo aqui em Araraquara. Todos os dias temos notícias de assaltos, estupros, mortes violentas… Precisamos de autoridades mais enérgicas e importar modelos de segurança mais eficazes.

Gosta de ler?

Eu gosto muito, mas, por circunstâncias, ultimamente eu tenho lido menos. Entretanto não deixo de ler as notícias do dia e vejo todos os noticiários da TV.

Um livro marcante.

“Os catadores de conchas”, escrito por Rosam Pilcher. A personagem central desse livro é uma mulher de caráter forte e com uma visão muito ampla da vida.

Como analisa as mulheres que vão à luta?

Atualmente, é comum a mulher trabalhar fora. A mulher tem tido um papel muito importante na sociedade, pois, além das tarefas domésticas, ela precisa trabalhar fora para o equilíbrio das finanças do lar. Sem dúvida nenhuma, a mulher tem se saído muito bem em todos os campos profissionais.

As que assumem posições de liderança são as mais controladas?

Ao meu ver, não só o controle emocional é predicado para se chegar a uma liderança. Para alcançar o sucesso é preciso muito mais, como competência, inteligência, espírito empreendedor e muitas outras qualidades.

O que você acha do ensino dos tempos atuais?

Apesar dos avanços na área da educação, o ensino gratuito ainda deixa muito a desejar. Os pais que não podem pagar escolas particulares têm sofrido na carne a deficiência do ensino. Desejo ardentemente que o presidente Lula dê continuidade ao programa de ensino que o nosso presidente FHC deu início para a melhoria de nossas escolas.

Como professora, qual a importância do vestibular?

Bem, o vestibular é um mal necessário, porque enquanto não melhorar o nível das escolas gratuitas, o vestibular terá como principal objetivo selecionar alunos aptos a freqüentar cursos superiores. Sou da opinião de que todos devem ter direito a ingressar em universidade com igualdade de condições, não importando a raça, cor ou classe social. Para isso, é imprescindível que o ensino básico seja melhorado.

E a política?

Bem, gostaria de dizer ao povo brasileiro que Fernando Henrique Cardoso foi um dos melhores presidentes que já tivemos. Ele foi um grande estadista. Acredito que muitos não perceberam que o Brasil avançou em vários setores, como no educacional, político, econômico e social. Ao meu ver, a continuidade é importante para o futuro do país. O Lula terá que enfrentar problemas sérios internos e externos; portanto não conseguirá cumprir nem uma pequena parte das promessas feitas em campanha eleitoral.

Mesmo assim, o Brasil é um ótimo lugar para se viver, não é?

Apesar de deficiente na área social, na área de segurança e, principalmente, na área educacional, ainda é um país bom para se viver. Temos belezas naturais, um povo pacífico e alegre.

Você borda. Considera bordar é uma terapia?

Sem dúvida. Não só bordar como qualquer trabalho manual é uma terapia.

Como mantém sua vida espiritual?

Acredito em ser superior que nos rege e que nos indica os caminhos a seguir. É só prestar a atenção em nossa intuição. Temo a Deus e procuro seguir os Seus ensinamentos.

Sua mensagem.

Gostaria de aconselhar aos jovens e aos adolescentes das classes menos favorecidas a buscarem um caminho para estudarem e fazerem um grande esforço para seguirem um curso técnico que os levarão de imediato a terem uma profissão, pois, nos dias atuais, precisamos mais de bons técnicos do que de maus doutores.

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