A tarifa de água e esgoto cobrada pelo Daae (Departamento Autônomo de Água e Esgotos) será reajustada em 17,55%, a partir do mês de setembro, com pagamento para outubro. O prefeito Edinho Silva concedeu o reajuste a partir da apresentação do Estudo de Impacto de Variação de Preços sobre a Despesa Paga e Planilhas de Custos da autarquia, do período de julho de 2004 a junho de 2005, e das propostas de investimentos do Daae. O último reajuste, em novembro de 2004, foi de 18%.
Durante as últimas semanas, o prefeito havia recebido a proposta do Daae de reajuste de 20% e outra, votada em reunião ordinária do Conselho Consultivo da autarquia, de 17%. De acordo com Jair de Brito Moreira, economista e um dos responsáveis pelo Estudo, o reajuste se faz necessário devido “a variação de custos dos insumos. São eles: encargos sociais, energia elétrica, combustíveis, produtos químicos e serviços terceirizados, entre outros.” Mesmo com o reajuste de 17,55%, o valor da tarifa em Araraquara fica abaixo dos preços praticados pelas cidades de porte semelhante.
Atualmente, a faixa média de consumo de água residencial em Araraquara está em torno de 20 metros cúbicos, o que equivale a 70% da população de Araraquara, segundo informações do Daae. Quem está nessa faixa vai pagar, a partir de outubro, até R$ 32,02.
Para reajustar a tarifa, o prefeito assinou um decreto, que além de fixar a tarifa do abastecimento de água ainda trata da coleta, afastamento e tratamento de esgotos, inclusive de fontes alternativas e do recebimento e disposição final de resíduos de serviço de saúde.
Meio ambiente e saúde – O superintendente da autarquia, Wellington Cyro de Almeida Leite, ressalta que a cobertura dos serviços públicos prestados pelo Daae na área de saneamento deve ser destacada, pois diferentemente de outras cidades, Araraquara trata 100% da água e dos esgotos coletados. “Ressalta-se também que o reajuste tarifário é necessário para que a autarquia continue a realizar as atividades de manutenção, aprimoramento e expansão do sistema de saneamento ambiental sob a responsabilidade do Daae”, reforça Almeida Leite.
“Hoje temos de respeitar a legislação ambiental, que, anteriormente, não existia. Isso gera custos à produção, como por exemplo, o tratamento do lodo da ETA (Estação de Tratamento de Água) e da ETE (Estação de Tratamento de Esgotos), sendo que, nesta última, deverá ser necessária a implantação, em curto prazo, de um sistema de coleta, desidratação e destinação final do lodo gerado,” exemplifica o superintendente. “As novas exigências de controle da água, aumentaram significativamente o número de análises e parâmetros analisados, de forma a garantir sua qualidade”, explica. Isso implica em custo.
Segundo o superintendente, é a própria ação humana inadequada que degrada o meio ambiente. “São ações como jogar lixo na rua e nos mananciais, consumir e descartar produtos químicos ou efetuar as queimadas urbanas. Isso tudo gera a degradação e onera a produção da água, que fica mais cara, mas que deve chegar à população com os padrões adequados de potabilidade.” Almeida Leite reforça que a água tratada distribuída a toda população é garantia de saúde pública. “É conhecido que para cada R$ 1,00 aplicado em saneamento economiza-se de R$ 4,00 a R$ 5,00 em medicina curativa”, finaliza. (Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Araraquara)