Colaboração: João Luiz Ultramari
Conversando com amigos que trabalham ou moram fora do Brasil, assim como aqueles que têm atividades em vários estados do país, fomos surpreendidos pelo que nos contaram: há uma escassez de mão de obra especializada, especialmente na área da informática, em todo o mundo. Eles estão buscando profissionais em outros países, pois o Brasil está perdendo seus futuros talentos em determinadas áreas, uma vez que a maioria dos nossos melhores profissionais já deixou o país.
Muitos cursos, especialmente os oferecidos fora do ambiente escolar, fornecem certificados que não capacitam verdadeiramente os alunos. Desconhecemos se estudos estão sendo conduzidos para avaliar essa situação em todas as áreas de trabalho, particularmente em relação aos estudantes que recebem bolsas de estudo para estudar no exterior e, depois de formados, optam por não retornar. O mesmo ocorre com aqueles que contraem empréstimos para cursar o ensino superior e, após a graduação, deixam o país sem sequer pagar suas dívidas, resultando em um perdão praticamente automático de suas dívidas com a Caixa Federal. Outro exemplo preocupante é o número insuficiente de profissionais de saúde dispostos a se deslocar de suas cidades para outras localidades onde suas habilidades são necessárias, principalmente devido à ausência de faculdades de medicina em muitos estados. Outra questão é a discrepância na quantidade de faculdades de direito em diferentes cidades, levando a situações em que, por exemplo, em um acidente de carro, uma pessoa diz “Eu sou advogado”, e a outra responde “Eu também sou”.
Após as eleições, em vez de os políticos brasileiros se unirem para transformar o Brasil em uma grande potência – afinal, o país possui recursos para tal – eles permanecem imersos em questões de vingança ou já planejando a próxima eleição presidencial, que ainda está distante. Enquanto isso, o Brasil enfrenta a fome e o desperdício de recursos com viagens e a nomeação de parentes e amigos para cargos com altos salários. Observem os benefícios concedidos mesmo na falta de recursos.
Querem resolver todos os problemas de uma vez, na esperança de que a nova tributação resolva tudo, enquanto empresas fecham, vão à falência e o desemprego aumenta. Repartições públicas estão operando com falta de funcionários e muitas obrigações estão paralisadas, incluindo processos judiciais. É hora de pensar em comprar aviões? Continuar com viagens excessivas e desnecessárias?
Enfim, alguns estão exercendo influência e tomando decisões no Brasil. Onde estão nossos representantes para contestar essas questões erradas? Infelizmente, muitos estão prevaricando. Tudo isso contribui para manchar cada vez mais a reputação do Brasil perante o mundo. É lamentável.
