A prefeitura de Araraquara acaba de aprovar, com o devido endosso dos vereadores, o plano de carreira com reformulação de cargos e salários. Preserva a mobilidade profissional e subtrai alguns nomes nas diversas divisões administrativas. Obviamente, não foi possível atender ao interesse dos 4 mil funcionários. Não que tenha faltado vontade dos agentes políticos de plantão. Falou mais alto o lençol econômico com limites determinados.
Pode ter havido falta de comunicação direta e sem meia verdade, a se considerar a tempestade de textos principalmente do pessoal ligado ao Sindicato dos Trabalhadores.
Faltou dizer aos integrantes dos quadros municipais que ninguém pode dar o que não tem e quem tiver a leviandade de atender aos anseios dos mais arrojados assinará atestado de incompetência e explosão dos cofres públicos.
A prefeitura não tem máquina para imprimir moeda, vive da arrecadação e deve gastar de acordo com as normas constitucionais. Atualmente, a maior percentagem do que é arrecadado vai para o pessoal da ativa e dos aposentados. Sobra quase nada para investimento à comunidade que paga na expectativa de a máquina atuar em seu benefício.
Qual o espírito que deve nortear o servidor e qual o grau de entendimento sobre uma empresa pública?
O caixa da prefeitura não aguenta distribuição de privilégios e, se não for difícil de entender, por que ser diferente de todos os demais trabalhadores da empresa privada?
O povo paga imposto em demasia e merece bons serviços. Isso posto, é salutar reafirmar que o poder público existe para atender aos contribuintes e não se constituir num clube de trabalhadores diferenciados, com a certeza de que nunca haverá diminuição do poder aquisitivo.