É indesmentível: o poder emana do povo. Por isso, os eleitos falam e agem em seu nome. Mas, quando a opção é técnica, calcada cientificamente não há discussão. Fazer pesquisa para concluir se carro e ônibus podem conviver no boulevard da Rua 9 de Julho? Ora, de tão linear e meridiano chega-se a concluir pela perda de tempo e dinheiro. O que é inadmissível na administração pública.
O ilustre Aurélio grafa medo como “sentimento de grande inquietação ante a noção de um perigo real ou imaginário (…)”.
Um cientista de tráfego não pode ter dúvida tão simples, efetivamente rasteira. O máximo que, pela investidura técnica, poderia se permitir seria um período pavloviano de erro e acerto. Estamos testemunhando que não é possível a situação presente, de carros e ônibus. Vamor tirar os carros e ver como fica. Continua o problema, tiram-se os ônibus e deixam-se os carros. Até porque não existe uma receita aritmética para essa prática. Mas, fazer pesquisa com o povo para assentar os tijolos da dúvida com o reboco de eventual incapacidade técnica, é aceitar uma distância quilométrica.