O pediatra Renato Hideo Inada é formado em São José do Rio Preto e terminou a residência em São Paulo em 1982.
Nas horas de lazer, curte um churrasco com os amigos e família.
“Renato é um bom pai, um ótimo marido e um profissional dedicado. Gosta de ajudar as pessoas. Para mim, ele é 100%”, diz a esposa Tereza.
Confira a breve entrevista concedida ao JA, por indicação de Sarah Coelho Silva.
JA – Qual a sua prioridade na saúde pública?
RHI – É a medicina preventiva para melhorar a qualidade e expectativa de vida.
JA – As famílias estão sendo realmente assistidas?
RHI – Pelo menos na nossa cidade temos uma boa assistência primária.
JA – Como está sendo o Programa da Saúde de Família na cidade? Está preenchendo a intenção do Programa a ser efetuado?
RHI – O Programa de Saúde Família é um novo modelo de assistência de saúde para os médicos e a população e a implementação, aceitação e os resultados vêm com o passar do tempo. Porque é um trabalho comprometido com indivíduos e a comunidade, desenvolvendo parceria e ações educativas, para prevenção, orientação, educação, conscientização do processo de saúde doença com solidariedade, humanização e amor ao próximo, valorizando e cuidando da pessoa de forma integral.
JA – A população está consciente da necessidade da prevenção?
RHI – A maioria não tem consciência, e esse é o nosso trabalho junto à população para melhorar o dia a dia da população.
JA – Os médicos do Posto de Saúde realmente conhecem mais as nossas doenças?
RHI Talvez estejam mais em contato com a população onde a doença crônica degenerativa, a desnutrição, as doenças infecto-contagiosas, a prostituição e usuários de drogas são mais prevalentes.
JA – Qual a ansiedade das mães com filhos pré-adolescentes?
RHI – Profissão, drogas, alcoolismo, gravidez. Tudo isso pode desestruturar uma família.
JA – Qual a sua orientação às mães que ficam muito tempo fora de casa?
RHI – Procurem interar com o dia-a-dia de seus filhos.
JA – Acidentes domésticos são comuns com nossas crianças?
RHI – As crianças são particularmente propensas a acidentes. Isto se deve ao fato de normalmente não conseguirem prevenir ou prever o que pode acontecer. No Brasil, mais de 13% do total de mortes são decorrentes de acidentes. Os tipos de acidentes variam muito de local para local, entre as classes sociais, tipos de moradias e idade.
JA – E as crianças que estão muito interessadas em tecnologia, qual o perigo?
RHI – Se tornar viciada levando ao sedentarismo e com isso à obesidade e hipertensão.
JA – O que orienta sobre a dentição das crianças?
RHI – Antes do cirurgião dentista é o médico pediatra que tem contato com as crianças e tem o dever de orientar a prevenção da cárie antes mesmo da dentição aparecer.
JA – E as vovós e titias que falam errado, como forma de carinho, com as crianças? Quais as consequências?
RHI – Talvez as consequências virão na fase de alfabetização.
JA – Acha que as crianças de hoje são mais carentes?
RHI – Não, e sim mais dependentes pela atual conjuntura social.
JA – Por que há crianças que insistem em atitudes erradas?
RHI – A criança que não consegue expressar seus sentimentos passa a praticar atitudes erradas para ocupar o seu espaço e com isso chamar a atenção dos pais.
JA – Gravidez na adolescência.
RHI – É a realidade que temos que enfrentar. Quanto mais baixo o nível sócio-econômico, maior a incidência.
JA – As jovens fazem o pré-natal?
RHI – Como disse, em nossa cidade a atenção primária à saúde é bem planejada, e as adolescentes estão tendo um acompanhamento.
JA – Álcool e drogas
RHI – Em todas as classes sociais, variando somente o tipo de droga a ser consumido.
JA – Mensagem
RHI – Agradeço a oportunidade da entrevista a Sarah e deixo a seguinte mensagem: Sem esforço da nossa parte, jamais atingiremos o alto da montanha. Não desanime no meio da estrada: siga em frente, porque os horizontes se tornam amplo e maravilhosos à medida que for subindo. Mas não iluda, pois só atingirá o cimo da montanha se estiver decidido a enfrentar o esforço da caminhada.
