Daniel Muniz (*)
Nas últimas duas semanas o programa Fantástico (Globo), tem trazido a proposta de um prêmio financeiro, oferecido por um grupo de céticos, para quem realizar a prova de um fenômeno parapsíquico. Na concepção do programa, a prova deve ser verificada pelo grupo de céticos.
Vale dizer que na abordagem da projeciologia e da conscienciologia, somente o paradigma científico materialista não é suficiente para as pesquisas parapsíquicas, uma vez que os fenômenos não são “regidos” pelas leis físicas. Como pode algo extrafísico, ou que extrapola a física, ser regido por leis físicas? Do mesmo modo, de nada adianta pesquisar apenas fenômenos de efeitos físicos, visíveis, palpáveis ou objetivos para tentar argumentar melhor sobre sua não existência. Se algo não existe, para que tanto esforço em tentar provar sua não-existência? E de outro lado, se algo existe, a pesquisa não deve ser realizada no sentido de provar a inexistência do que foi registrado, mas no sentido de entender o que se passa.
A discussão do tema para a pesquisa séria dos temas do parapsiquismo exige postura científica irrecusavelmente aberta, despreconceitualizada e desprovida de apriorismo. Os fatos ocorrem independente da negação que se faça deles. Não há registro de desaparecimento de um fato pelo motivo de que alguém não queira que ele exista. O ceticismo metódico, componente do enfoque científico, serve como um exercício sadio e permanente da crítica. Já o ceticismo radical ou sistemático bloqueia a possibilidade de qualquer conhecimento.
No entanto, fica uma sugestão a todos os interessados em provas no que tange, especificamente, ao caso das experiências fora do corpo humano: experimentem por si mesmos. Hoje existem técnicas disponíveis que funcionaram com milhares de pessoas. Basta aplicá-las, com vontade firme e perseverança, sem pré-concepções, em um período, por exemplo, de um ano, durante uma hora por dia, procurando aperfeiçoar-se quanto à técnica, sem descartá-la nem modificar os objetivos da experimentação da saída para fora do corpo humano. Os resultados, ou provas, serão individuais e exclusivas para o experimentador ou experimentadora. Cada um pode provar de si para si, sem precisar dar satisfação para os outros ou para a opinião pública, a realidade ou a impossibilidade de experimentar uma ou mais vivências extrafísicas lúcidas.
As experiências fora do corpo físico são passíveis de fornecer auto-confirmações irrecusáveis. Para as provas públicas, segundo o pesquisador independente, propositor da projeciologia e da conscienciologia, Waldo Vieira, “os fatos da projeção consciente reclamam pesquisadoras e pesquisadores isentos que não tenham fortes idéias preconcebidas a respeito de animismo e parapsiquismo a favor ou contra, ou cujas escalas emocionais não estejam pesadamente marcadas pela crença ou descrença de quaisquer gêneros, porém que aceitem as evidências com equilíbrio e discernimento, sem brigar com os fatos”.
(*) É jornalista e professor do Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia.