Geraldo Polezze (*)
Há poucos dias o presidente da CTA foi direto demais (desrespeitoso?) com um vereador que desejava saber detalhes da empresa de transporte coletivo que é sociedade anônima, mas, tem recebido dinheiro público ao longo de sua existência. Um detalhe: a Prefeitura Municipal é majoritária das ações conhecidas, com poder decisório nas asssembléias. Por isso o vereador achou legítimo questionar alguns procedimentos. A sua intenção foi cortada pelo presidente-indicado de forma abrupta e politicamente incorreta. Como, no entanto, Edinho Silva nada de braçadas no legislativo araraquarense, tudo ficou na mesma, isto é, a imagem dos vereadores foi desbastada outra vez. A Mesa Administrativa se omitiu diante do fato e o Plenário ignorou a resposta, em termos inconcebíveis, daquele senhor. Um triste episódio…
Uma notícia, no entanto, deve merecer a atenção dos vereadores comprometidos com o interesse da comunidade: o encerramento do Terminal Central de Integração que democratizou o transporte da população.
O fechamento (?) seria considerado um destempero administrativo, próprio de quem não conhece a história da cidade. Seria um ato ofensivo ao direito adquirido de milhares de trabalhadores, estudantes e donas-de-casa.
Por muitos anos foi criticada a necessidade de duas passagens para que um conjunto de usuários chegasse ao seu destino. Por exemplo: usuário da Vila Xavier com destino ao Terminal Rodoviário, no São José. Era obrigado a pagar dois ônibus até o prefeito Roberto Massafera (presidente da CTA, Eng. Coca Ferraz), com sensibilidade e tino administrativo, formatar a central de integração e entender os ônibus como radiais (linhas convergentes). Para qualquer destino, o passageiro paga uma única vez.
Vale dizer, prefeito Edinho Silva: a isonomia, o que foi conseguido com tanta luta não pode ser jogado ao lixo. Assim, que a douta diretoria da CTA busque outras alternativas para aumentar a sua receita, menos a de abortar um direito de nossa gente.
(*) É jornalista-editor.
