O país está prestes a não pagar a dívida que fez com o Fundo Monetário Internacional. A Argentina tem até a noite desta terça-feira para quitar os US$ 3,1 bilhões
A Argentina está a beira de um novo calote na dívida que tem com o Fundo Monetário Internacional (FMI) ao passo em que conversações de última hora não foram suficientes para resolver o impasse. No entanto, analistas acreditam que ele seja resolvido rapidamente e que qualquer default tenha vida curta.
A Argentina tem até o fim do expediente do FMI em Washington, na noite de terça-feira, para pagar US$ 3,1 bilhões ao Fundo e evitar o que seria o segundo calote ao órgão internacional de crédito em seis meses.
Um novo default eliminaria o crédito ao país e isolaria a terceira maior economia da América Latina que tenta se recuperar da pior crise econômica da sua história.
O FMI, descontente com o progresso das negociações mantidas pela Argentina com credores que detêm US$ 88 bilhões em bônus não pagos, quer que Buenos Aires siga medidas específicas para manter um pacote de ajuda de US$ 13,3 bilhões acertado com o Fundo.
As discussões entre o governo e os técnicos do FMI se estenderam até tarde da noite de segunda-feira, quando o organismo enviou uma lista de condições que exige para aprovar a segunda revisão do acordo assinado com o país em setembro passado.
Sem uma garantia de que o Fundo aprovará a revisão, Kirchner –que tem uma popularidade de 70% obtida com uma dura retórica anti-FMI, entre outras coisas– assegurou que não pagará a dívida nesta terça-feira.
A Argentina se recusa a lançar mão de suas reservas internacionais de US$ 15 bilhões para pagar os US$ 3,1 bilhões ao FMI na terça-feira. O governo quer que o Fundo se comprometa primeiro com a aprovação da segunda revisão do acordo que tem duração de três anos.
O país tem até as 19h (horário de Brasília) para realizar o pagamento.