Tanto se falou sobre pedágio que não desejamos apresentar um texto repetitivo e, conseqüentemente, com possibilidade de cansaço. Apenas lembrar de alguns políticos que, em épocas eleitorais, reúnem liderança dos transportadores e pessoas-vértebras da comunidade para, com apoio da imprensa, respaldar sua “grande” luta. Só que, terminado o embate eleitoral, conseguindo seu intento imediato, esses poucos e conhecidos agentes políticos se esquecem daquela “luta” e se dispersam nos temas do dia-a-dia do contribuinte brasileiro. O tema pontual – difícil e que exige compromisso permanente para se subtrair a ganância de alguns executivos de gabinete – simplesmente é colocado à margem. Com isso, o tempo passa e tais políticos – presumivel e supostamente espertalhões e oportunistas – se recompõem para nova vitória nas urnas. Votos são a sua meta prioritária e, por conta de um mandato que significa o poder, distribuem sorriso e abraços aos que podem propiciar o volume de sufrágios. E os eleitores, durante o lapso de tempo, são alimentados ou anestesiados com notícias enganadoras, à verniz.
Bem, mais um aumento de pedágio num momento em que a renda do trabalhador está em baixa, a economia está paradinha da silva e todos fazem o possível para ficar, com dignidade, em pé. Ainda mais com uma concorrência nem sempre leal.
O interessante é que os tais políticos ainda não retomaram o tema para tentar ganhar mais prestígio ou garantir eleitorado visando a montagem de esquema para novo contrato de prestação de serviço (nem sempre direcionado ao povo em nome de quem deveriam atuar, pois, essa é a fonte geradora do poder). Fique de olho, caríssimo…
Paralelamente à majoração do pedágio (custando, já, o olho da cara e constituindo-se num gasto excessivo), vem a notícia de que a Câmara Municipal de Araraquara, em que pese a enorme quantidade de reivindicações para diminuir o número de cadeiras, reedita o espírito corporativista e, com receio de que alguns possam perder a boquinha, determina os mesmos 21 vereadores indicados para cidades com até 1 milhão de habitantes.
É lícito lembrar que Araraquara ainda não tem, oficialmente, 200 mil. Não é incrível?
