Da Redação
Notícia de ontem (8 de abril) chamou muita atenção: o SAMU fez atendimento de emergência a 26 alunos de uma escola de ensino médio em Recife, capital de Pernambuco. Diagnóstico: crise de ansiedade.
O fato é que o período longo de dois anos, longe de amigos e rotina escolar, é cruel aos mais jovens. Dois anos significam muito tempo àqueles que estão mudando em velocidade altíssima: passando de crianças à adolescência, movidos por mudanças físicas profundas e altas taxas de hormônios.
Trata-se de fase da vida, naturalmente, difícil, que ainda recebe excesso de cobranças da parte de todos: escola, família (pais) e as próprias cobranças de cada um. Imagine retornar ao presencial depois de demorados dois anos? É muita pressão.
Não, não queremos dizer que todo jovem sofrerá alguma espécie de crise de ansiedade. Não é isso. Mas é certo que podemos exercer olhar mais empático, acolhedor e de carinho com os mais jovens. E a notícia vinda de Recife serve bem como alerta desse cuidado.
Possivelmente, eles precisarão desse apoio. Que consigamos ajudá-los no que se espera seja o fim desta pandemia.