Os professores da rede pública e privada não podem deixar de direcionar um pertinente trabalho de classe para a devida reflexão de seus alunos. A Revista Veja traz na edição 1 926, de 12 de outubro, um amplo material jornalístico sobre o estresse da terra que tem sofrido constante e inominável agressão de seus habitantes. Nós, com uma educação ainda precária que não permite pensar e analisar, estamos inviabilizando a vida de futuras gerações ou, pelo menos, subtraindo-lhes o prazer de conviver com o régio presente da mãe-natureza: rios e florestas agasalhando dadivosamente a flora e fauna que simbolizam a qualidade do planeta, a nossa qualidade que não pode vir a ser apenas e tão somente uma solitária e irresponsável parte da história.
Fim do mundo: você nunca leu nada igual
Texto de J.P.P.
Trabalhando há 13 anos para as usinas de Araraquara tenho estudado muito a questão do meio ambiente, especialmente a do consumo do petróleo. Isso me levou a fazer este raciocínio maluco, mas que as recentes e freqüentes catástrofes mundiais podem indicar que não estou tão errado.
O petróleo foi descoberto em 1859 no estado da Pensilvânia nos Estados Unidos. No Brasil ele foi encontrado em 1939 na Bahia. A Petrobrás foi criada em 1954.
O que isso tem a ver
com o fim do mundo?
Vamos aos números no mês de agosto de 2005 foram retirados do subsolo, por dia, a espantosa quantia de 84,1 milhões de barris de petróleo. Nos últimos 125 anos, ou seja, de 1880 para cá, foram retirados um trilhão de barris, segundo a gigante do petróleo: Chevron. Um barril de petróleo tem 158,98 litros.
Então, só em agosto de 2005 foram retirados, do subsolo, 13.370 milhões de litros de petróleo, por dia. Isto daria para encher 5.348 piscinas olímpicas de 50 x 25 m com 2 metros de profundidade, a cada dia!
Com a quantidade retirada do subsolo nos últimos 125 anos daria para encher 63,6 bilhões de piscinas olímpicas com as medidas citadas.
Agora imagine que o Estado de São Paulo fosse uma grande piscina. O Estado tem 248.808 km2. Isto dá um quadrado de 498,89 km2 de cada lado. O trilhão de barris de petróleo, retirado nos últimos 125 anos, daria então para encher uma piscina do tamanho do estado de São Paulo com 64 cm de profundidade. Ou ainda, daria para encher uma piscina de 281,9 km x 281,9 com 2 metros de profundidade, mais ou menos o tamanho do estado de Santa Catarina.
Como aparentemente nada substitui o petróleo que é retirado e queimado, o resultado é que estão ficando no subsolo enormes crateras, do tamanho destas piscinas. Acrescente-se a isso a poluição atmosférica provocada pela queima do petróleo e provavelmente teremos uma situação semelhante a do início dos tempos, quando tudo era gás (segundo a ciência).
Então a terra está virando (ou já virou?), um grande queijo suíço (aquele cheio de buraquinhos). Agora imagine a pressão da gravidade sobre a crosta terrestre! Não estaria esta pressão provocando os afundamentos de placas com os constantes terremotos, maremotos, tsunamis, e outros trágicos acidentes naturais? Outro dia ouvi o presidente Hugo Chaves (Venezuela), dizer no programa Roda Viva da TV Cultura que no seu país teve um afundamento de plataforma em razão da retirada do petróleo! Imagine se este afundamento tivesse ocorrido em alto mar, como ficaria a movimentação das águas?
A agravante é que se juntarmos a estes buracos invisíveis, a velocidade que a terra gira em seu movimento de rotação, de 1.666 km por hora, poderemos ter um negócio parecido com um carro com pneus desbalanceados.
Você sabe que um pneu desbalanceado faz o carro
trepidar quando está em alta velocidade.
Agora imagine a terra trepidando, como um carro que tem os pneus desbalanceados, como parece que já está acontecendo…
Ai vem a CHEVRON a gigante do petróleo e prevê que o próximo trilhão de barris de petróleo será consumido nos próximos 30 anos. Se isso acontecer, e tudo indica que sim, as cavernas subterrâneas serão muito maiores e feitas em tempo reduzido, sem chance de adaptação da terra, acelerando então o processo de afundamento de placas e conseqüente trepidação do nosso planeta.
Se é certo que o tsunami da Ásia, do final do ano passado, fez a terra vibrar e deslocar o eixo em alguns centímetros, imagine vários desses tsunamis que podem ser provocados a partir do momento em que os afundamentos de plataformas em alto mar se tornar mais constantes, como parece que está acontecendo?
Será que a nave-terra continuará a girar harmonicamente, apesar da velocidade, em torno do seu eixo como fez durante bilhões de anos, depois de tantas agressões?
Se ela começar a sair do eixo onde poderá parar? Como ficarão o dia e a noite? Como ficarão o ano e as estações climáticas? Seria isso o fim do mundo? Estaríamos voltando à origem do universo, quando tudo era uma massa incandescente?
Eu que sou leigo em geologia e nunca li nada parecido com isso, finalmente, gostaria de dizer que antes de escrever este artigo perguntei sobre o assunto à Petrobrás, à FAPESP, e à Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e nunca obtive nenhuma resposta. Por essa razão decidi tornar pública a minha opinião.
Que Deus nos proteja e nos ilumine urgentemente, se é que ainda temos algum tempo para corrigir esta rota. Claro, se a minha opinião tiver algum sentido.
Ah! podemos contribuir reduzindo ou não consumido mais o petróleo… sei, que é muito difícil. Também seria interessante que você ajudasse a divulgar esta triste conclusão, quem sabe assim alertaríamos os líderes mundiais (se é que já não sabem) a fim de que começassem a pensar numa solução.
(*) É advogado e contador