A diretoria da Kaiser, com elegância, agradece e cumpre com a sua obrigação empresarial através de anúncio veiculado na última semana.
O sabor para a região de Araraquara, no entanto, é amargo porque vai contra o bom-senso e o sentido maior da feira: mostrar produtos da região de Araraquara. Qualquer outra marca de cerveja é diferente da Kaiser. A razão pode ser de caráter emocional, mas, está impregnado no espírito do tomador de cerveja da região de Araraquara e ponto. Deve-se respeitar esse orgulho de saber que a deliciosa Kaiser é feita com a nossa água. É motivo de satisfação, sim! A Kaiser é feita com a água de Araraquara e, especialmente, com a mão-de-obra de nossa gente. Não estamos colocando em xéque a qualidade de qualquer outra cerveja. Isso não está sendo discutido. Interessa que poucos reais não poderiam marginalizar a Kaiser que sempre deu e está dando apoio a todos os eventos da cidade. Isso interessa até como coroamento de uma coexistência fraterna e gostosa.
A nossa intenção é lembrar, se for necessário, a proposta da feira que não pertence à diretoria presidida pelo Sr. Ricardo Caparelli. A Facira pertence a cidade, faz parte de sua história e, por isso, exige ações coerentes e socialmente responsáveis. Se no decorrer da Facira alguns reais forem mais valiosos que outros valores de relacionamento, compromisso social e parceria para atingir as metas, então, está tudo perdido e a Facira seria apenas um conglomerado de empresas querendo vender e entidades querendo ganhar algum dinheiro. A Facira supera, em muito, o ato de comercializar. É a forja do compromisso de buscar o bem do semelhante que passa por carências. Só para sintetizar…
Assim, não se pode aceitar a ação da diretoria da Facira que, pela segunda vez, procura realizar o evento que ganha corpo a cada ano. Torna-se indispensável repensar a (insensível) decisão.
Dinheiro
Como colocar para escanteio uma empresa (Kaiser) que tem muito a ver conosco por causa de alguns reais que outra, do gênero, se dispõe a pagar quando da execução da feira? Isso é indigesto e inadmissível, repetimos.
Efetivamente, não dá para aceitar e o assunto precisa merecer a atenção de uma esfera superior. Ou a diretoria do Ricardo Caparelli tem a palavra final para tomar decisão, seja qual for, mesmo que atente, contrarie o interesse maior da cidade e que pode trazer conseqüência danosa? No mínimo espera-se que a presidente da Acia, Sonia Borges, convoque a sua diretoria para discutir a troca de cervejaria. Senhora presidente, quantos reais causaram o desenlace?
O presidente Ricardo Caparelli que, na primeira gestão, foi feliz e altamente eficiente (juntamente com seus companheiros), começa a segunda gestão, s.m.j., de forma canhestra. Como, no entanto, não somos os donos da verdade, abrimos espaço para quem quiser opinar. É só mandar o seu ponto de vista para o e-mail do JA. O correto é que essa ocorrência não pode ter um ponto final antes dos debates apaixonados, porque Araraquara merece. (Geraldo Polezze)