O mundo precisa ser zerado

Não estamos sendo inéditos ao focar essa indiscutível necessidade. Efetivamente, o Papa João Paulo tinha razão ao sugerir às grandes potências que fosse perdoada a dívida dos países em desenvolvimento para que o mundo pudesse girar com menos injustiças sociais. Até para vender mais bens, a fim de acelerar a economia interna. Notadamente a dos Estados Unidos.

Ao que parece, infelizmente, ninguém deseja abrir mão do direito de deter esse crédito. Um direito inalienável, diga-se de imediato, que tem adicionada a carga de juros construída à sombra das “verdinhas”. Esse bolo aumenta desordenadamente e fica patente que jamais será pago.

É, portanto, uma dívida impagável que, nesta economia globalizada, faz o Brasil tirar da boca de seu povo para honrar o serviço desse compromisso que ninguém sabe como começou.

Exportamos, economizamos, gastamos menos com os brasileiros que têm carências e, como faquir, recebemos parabéns do FMI. Ora, que faremos com tais cumprimentos?

A escassez do mercado, falta de dinheiro que deixa o empresário sem fluxo de caixa (ainda mais que impossibilitado de buscar capital de giro junto aos bancos que cobram juros elevadíssimos), desemprego, medo de ficar sem reais, carga tributária (porque poucos têm que alimentar a gordurosa máquina administrativa), enfim, um montão de problemas pela exigência de cumprir os deveres de casa ditados pelo Fundo Monetário Internacional.

Isso posto, como o Lula tem falado à vontade sobre um conjunto de temas complexos, intrincados, fica um pedido: por que não ousar e reivindicar menos juros?

Daqui a pouco, não vamos conseguir pagar o serviço da dívida e o povo terá marcas sociais que bisturi nenhum vai conseguir removê-las.

A gente nasce devendo e … morre devendo mais. Pôxa, isso é estressante demais e deixa a todos com a paciência cheia. Assim não dá.

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