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O importante é gostar do que se faz

Leila Curi Rodrigues Olivi foi indicada pela Sarah Coelho para uma entrevista, a fim de passar sua experiência de vida. Vale a pena conhecer a sua trajetória profissional.

JA- Sabemos que você trabalhou na Unesp e agora está aposentada. Qual foi a sua formação?

L.C.R.O.- Toda a minha formação foi feita aqui em Araraquara. Estudei no Grupo Carlos Batista Magalhães, no IEBA e fiz o curso de Letras/Inglês na Unesp.

E sua carreira na Unesp, quando começou?

Comecei a trabalhar em 1968 como substituta na Cadeira de Inglês e em 1970 comecei o Mestrado em Literatura Inglesa na USP. Meu doutorado fiz aqui em Araraquara no programa de Pós-Graduação em Lingüística, em 1990.

A aposentadoria foi boa?

Aposentar-se nunca é muito bom. O bom é continuar trabalhando, mas as circunstâncias me fizeram escolher. Quase todos meus companheiros se aposentaram e deve haver renovação.

Como foi a escolha pelo Inglês?

Já naquela época, a língua inglesa tinha um grande apelo e a nossa Faculdade tinha um curso muito bom. Minha família me incentivou a cursar uma boa faculdade sem, no entanto, encaminhar- me para o estudo do Inglês.

Fale um pouco de suas lembranças e de sua família…

Nasci em Araraquara e minha família sempre viveu por aqui. Meus avós eram imigrantes e vieram para o Brasil no começo do século 19.

Meus avós maternos eram sírios e os paternos portugueses e espanhóis. Minha vida sempre foi ligada a Araraquara pois meus amigos e parentes, na maioria, estão aqui, e estudei e trabalhei aqui. Sou oriunda genuína.

O que representa para você a sua família?

Sou 100% família e me sinto muito bem no meio dela, tanto na minha como na de meus pais e sogros. Dou muita atenção ao meu núcleo familiar, meus filhos e meu marido, e, embora tenha dois filhos morando fora do Brasil, nosso contato é muito grande. É o lugar do bom convívio e aonde a gente aprende a agradar os outros e respeitar os nossos limites. Sem deixar de lado os amigos, é claro.

De onde vêm sua sensatez e determinação?

Nem sei se sou muito sensata! Faço como me manda o coração e as circunstâncias. Determinada, eu sou. Gosto de desafios e gosto de fazer coisas. Agora, nem tanto, porque estou meio recolhida. Logo volto à ativa.

Você já viajou bastante. O que essas viagens lhe trouxeram de bom?

É uma delícia poder viajar pelo mundo e eu e o Billy combinamos perfeitamente nos planos de viagem.. Já andei por aí e ainda penso que tenho outros lugares para ver, ou rever. O melhor é conhecer outras pessoas, com outros jeitos de ser e sentir. Visitar lugares famosos, antigos, modernos, exóticos ajuda a gente ver o mundo e as coisas perto de nós de uma maneira mais completa. Faz a gente dar valor ao nosso país e ver suas limitações com esperança de mudança.

Em sua opinião, como deve ser um bom profissional?

É difícil ditar regras para outras pessoas. Cada um tem sua aptidão e seu jeito de ser. O importante é gostar do que se faz e trabalhar com dedicação e determinação. Traçar planos para seu futuro e ir atrás. Ninguém vai fazer por você. O trabalho tem que ser gostoso e prazeroso. Trabalhar no que não se gosta deve ser terrível.

Qual é a sua opinião sobre o mundo de hoje?

Pergunta difícil. Tudo corre muito rápido agora. A ciência não nos dá tempo de entendê-la e já está em outra fase. Não gosto dessa rapidez. Poderia se um pouco mais devagar para termos tempo de aproveitar. As máquinas, o som, o visual, tudo isso tem um progresso muito rápido. Não me entenda como saudosa do passado, gosto demais do que é novo. Adoro meu computador que me ajuda muito (faço meu trabalho e me comunico com o mundo). Mas há muita coisa ruim. Violência, falta de respeito e consideração com os outros e pouca paciência.

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