É bastante natural que todos ficamos felizes pela 16ª posição da Câmara Municipal de Araraquara, em termos de gastos, em pesquisa realizada pelo Instituto de Estudos Metropolitanos (Ieme). E a alegria decorre, notadamente, de o nosso tradicional Legislativo ter ficado entre os 55 municípios pesquisados com o gasto per-capita de R$17,36. No Estado, o gasto médio é de 25 Reais. O ranking considera o valor despendido por morador.
Na vizinha Botucatu a média chegou a ínfimos e invejáveis 10 Reais. Mas, em compensação, São Carlos foi colocada em 40º lugar com gasto per-capita de R$24,00 e Ribeirão Preto, em 37º, com média de 27 Reais.
O absurdo legislativo ficou por conta dos nobres vereadores de Paulínia com gasto por morador de 162 Reais. Obviamente, deveria ser feita uma investigação policial. É certo que a cidade arrecada muito em decorrência das distribuidoras de combustíveis, mas, nem por isso o vereador deve ser perdulário.
Araraquara não está entre as 10 mais econômicas: Botucatu, Presidente Prudente, Araras, Franca, Limeira, Sorocaba, Itaquaquecetuba, Indaiatuba, Santa Bárbara do Oeste e Sumaré. Bem que poderia estar neste grupo se, ao invés de dois assessores para cada vereador, adotasse apenas um. Mais que suficiente quando se veicula o fim do assistencialismo, não é mesmo? E, como a história demonstra, no início dessa assessoria especial o único funcionário era pago pelo vereador e só depois foi incorporado pelos cofres públicos.
Isso, no entanto, é apenas um detalhe. Vamos aplaudir a nossa Câmara Municipal que, invariavelmente, é saco de pancada. Mas, o aplauso seria ensurdecedor se o conjunto de vereadores tivesse a ousadia de diminuir o número de cadeiras.
Por que continuar no máximo de 21 representantes, como se a cidade tivesse um milhão de habitantes?
Passem para a história, senhores. Apresentem e aprovem o projeto para a próxima legislatura e todos vão aplaudir em pé. Será comovente!