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Alma forasteira

André Bankoff pára em “Bang Bang” depois de modelar mundo afora

Texto: Carolina Marques/PopTevê

André Bankoff carrega no rosto traços irretocáveis de ariano. E no sangue, um gosto por aventuras. O ator nasceu há 27 anos em Americana, interior de São Paulo, mas o RG é de Campinas, morou anos em Roma, na Itália, foi jogador de futebol, modelo e dono de bar. Recentemente, trocou as passarelas de Nova Iorque pelos estúdios de tevê no Rio de Janeiro e agora pode ser visto dando pinta no Velho Oeste de “Bang Bang“. Na novela das sete, ele vive Peter, um surfista cheio de charme na empoeirada cidade de Albuquerque. “Acho que ele também tem uma alma cigana, como a minha“, compara este descendente de búlgaros e ucranianos.

Nesta primeira novela, André tem se concentrado até o último grau para não fazer feio. Afinal, o mesmo rosto bonito que abre portas gera cobrança de talento – ele quer provar que pode se manter onde está. “Nunca tive receio de ser vítima de algum preconceito. Acredito na dedicação e persistência“, discursa o ator, que já apareceu na telinha fazendo pontas. A primeira delas aconteceu em “Carga Pesada“. Num dos episódios, viveu um garçom de churrascaria ao lado de Stênio Garcia e Antônio Fagundes. “Foi uma experiência interessante. Pude observar bem o trabalho dos atores e acabou sendo divertido“, recorda.

André apareceu no programa logo após ter concluído a badalada Oficina de Atores da Globo. Nem chegou a fazer teste. O que só aconteceu alguns meses depois para “Da Cor do Pecado“. “Foi o meu primeiro não. Fiquei chateado porque achava que o personagem tinha muito a ver comigo. Era um dono de bar que curtia esportes“, conta ele, que acabou perdendo o papel para Cauã Reymond, ex-namorado de sua atual namorada, Alinne Moraes, com quem contracena em “Bang Bang“.

Depois do teste, André foi convidado para participar de “Mad Maria“. Nem fez teste e foi de mala e cuia para Rondônia afim de interpretar Werner, um alemão que trabalhava na ferrovia e morria prematuramente. “Sabia que era um papel pequeno, mas foi um passo importante. Aprendi muito, trabalhei com atores veteranos e generosos“, observa. Um desses profissionais foi Juca de Oliveira. André fazia o que podia para ficar por perto do ator. “Eu tomava café, almoçava e jantava com ele. Foi o Juca quem me aconselhou a investir no aprendizado. Através dele pude diferenciar um ator do outro e ver o que quero para minha carreira“, avalia.

Seguindo os conselhos do “mestre“, se matriculou num curso em Campinas e fez teatro experimental por seis meses. “Estou começando a colher os frutos. Sinto que a qualquer momento uma válvula vai se romper dentro de mim e vou chegar à loucura cênica que outros atores têm“, teoriza. A tal “loucura cênica” pode não ter aparecido ainda, mas a vida do moço está bem agitada. Por causa dos inúmeros problemas com a novela – falta de frente de capítulos, baixa audiência, problemas na produção -, o elenco está gravando muitas horas por dia – às vezes grava de manhã cenas do capítulo que vai ao ar à noite. “É desesperador às vezes. Confesso que fiquei meio perdido, mas o núcleo é tão redondo, tão bacana, que me sinto acolhido“, minimiza.

André é do tipo que pede ajuda, dicas e ouve tudo atentamente. “Pôxa, estou no meio de feras, preciso aproveitar“, raciocina. O ator já sente o gostinho da fama ao andar pelas ruas. Não é raro alguém o chamar de Peter. “É engraçado isso, porque mesmo sendo um personagem pequeno ele ganha uma projeção danada“, surpreende-se. Desencanado e extrovertido, André só não se acostumou ainda com a parte glamourosa da profissão. “As pessoas perdem um pouco a noção. Eu penso que o meu trabalho é como o de qualquer outra pessoa. É assim que me defendo desse pensamento de que estamos acima do bem e do mal“, filosofa.

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