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Sheron Menezes, a Dagmar de “Belíssima”, entra para o time de atrizes que praticamente emendam uma novela na outra

Texto: Fabíola Tavernard/PopTevê

Determinada. Esse é um adjetivo que se enquadra perfeitamente a Sheron Menezes. A atriz, que vive a desconfiada Dagmar em “Belíssima”, aos 13 anos já se dividia entre os estudos, a profissão de modelo e cursos de teatro. Aos 18, a gaúcha de Porto Alegre mudou-se para o Rio de Janeiro, disposta a vencer na carreira de atriz. Após dois anos colecionando “nãos” em vários testes, conseguiu o primeiro papel numa produção global, “Esperança”, onde viveu a escrava Júlia. “Aprendi que sempre devo me valorizar e nunca duvidar do meu potencial”, ensina, do alto dos seus 22 anos.

Desde o suado início, a atriz não parou mais. Sheron participa de cerca de uma novela por ano, e até já virou rotina ela receber um convite para uma próxima produção antes mesmo de a novela em que está atuando terminar. “No último dia de gravação de ‘Como Uma Onda’, eu fui chamada para fazer a Dagmar”, conta. O mais interessante, para ela, é ter a chance de viver, em sua terceira novela das oito, um tipo totalmente distinto da romântica Rosário que interpretou na trama de Walther Negrão. “A Dagmar é bem mais madura, realista. Mas isso não significa que ela ainda não vá se apaixonar”, incita.

O mesmo tom misterioso que dá ao comentar o futuro amoroso da personagem, Sheron utiliza na hora de dar vida à ex-garçonete e atual funcionária da “Belíssima”. Aliás, esta foi uma das pouquíssimas informações que teve ao ler a sinopse de Silvio de Abreu: a de que estaria envolvida num mistério. Mesmo provida de poucos elementos, a disciplinada atriz correu para um bar, onde aprendeu os trejeitos e gírias dos profissionais do local, e também dispensou bandejas. “Eu quis servir com a mão, porque sabia que ela trabalharia num bar bem popular, e não teria espaço para esses cuidados todos”, conta.

Popularidade, aliás, é uma das coisas que mais a realizam na carreira. Como normalmente vive personagens simples, bem próximos da realidade, Sheron se sente bem entrosada com o público. “Adoro quando eles vêm falar comigo”, diz. A atriz só não se satisfaz com algumas aproximações mais “apimentadas”. Como a que aconteceu dia desses quando, na praia, um vendedor ambulante disse, enquanto ela tentava vestir sua saia: “Quer ajuda? Mas… Com todo o respeito!”, gritou o comerciante na ocasião. “Esse tipo de coisa não dá! É péssimo!”, explica, aos risos.

O mesmo bom humor, a atriz usa para falar das vezes em que contracenou com “gente grande” como Glória Pires e Tony Ramos, que vivem a Júlia e o Nikos na novela das oito da Globo. Na última cena com o ator, aliás, ela diz que tremeu dos pés à cabeça, e até se desconcentrou na hora de gravar. “Ele é tão bom ator que fiquei meio perdida para poder prestar atenção nele”, tieta, antes de dizer. “Até a minha mãe me ligou para dizer que ficou emocionada ao me ver atuando com o Tony Ramos”, completa.

Ciente da pouca idade e das chances que ainda tem, se permanecer nesse ritmo, de interpretar os mais diferentes tipos ao longo da carreira, Sheron não se mostra lá muito preocupada com o futuro. Entre as poucas certezas que tem, uma delas é a de querer estrear no cinema assim que a novela terminar, já que considera praticamente impossível conciliar os dois. Outra, numa dimensão diferenciada, é a de ser mãe de quatro filhos, mantendo a tradição de família grande, já que tem três irmãos. “Desde que eu vim para o Rio, sinto saudade da minha família. Mas foi uma escolha minha. Então, só posso sonhar em formar uma família tão grande quanto a que já tenho”, conclui.

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