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Bonita e perigosa

Após anos no telejornalismo catarinense, Andréa Buzato estréia nas novelas como uma bandida do Velho Oeste

Texto: Fabíola Tavernard/PopTevê

Desde criança, assistir a filmes de faroeste sempre foi rotina na vida de Andréa Buzato. A extrovertida atriz, que interpreta a dissimulada Ingrid em "Bang Bang", aprendeu com o pai o hábito, normalmente restrito aos meninos, de perder horas na frente da tevê vendo disputas entre mocinhos e bandidos e colecionar gibis do gênero. Por isso, achou irrecusável o convite de Mário Prata para estrear na tevê vivendo uma "bandidona" do Velho Oeste. "Quando vi que ela não presta, fiquei ainda mais satisfeita", empolga-se.

Realmente, Ingrid não vale muita coisa. A moça é uma advogada que deu um baita golpe no Ministério Público e, para não ter suas falcatruas reveladas, seduziu o falso Gógol, interpretado por Marco Ricca. Afinal, ela é a ex-mulher do verdadeiro Gógol, xerife de Albuquerque cuja identidade, após sua morte, foi roubada pelo malandro. Para piorar a situação, a chegada da bela Ingrid abala a relação de Gógol com Vegas Locomotiv, prostituta vivida por Giulia Gam, que sonhava em "mudar de vida" e casar-se com a suposta autoridade. Apesar de ter entrado com a novela em curso, Andréa acredita que conseguiu achar o ritmo certo. "Gosto de ter de improvisar. Isso me estimula", explica.

Os baixos índices de audiência da trama, em torno dos 29 pontos de pico no Ibope, não tiram de Andréa a empolgação natural de atrizes que fazem sua estréia nas telas. Nascida em Itajaí, litoral de Santa Catarina, ela resolveu investir na profissão anos atrás quando mudou-se para o Rio de Janeiro e formou-se na CAL, tradicionalíssima escola de atores carioca. Mas logo veio o convite para ser apresentadora de um telejornal em sua cidade natal, e Andréa teve de adiar os planos para a carreira de atriz. Durante sete anos, ela dividiu-se entre a bancada e a edição de um telejornal diário até que, ano passado, veio o convite para viver uma prostituta no filme "Procuradas", de José Frazão. "Foi quando eu tive de decidir entre ficar na bancada de terninho ou nas telas de fio dental", diverte-se.

Acostumada à rotina um tanto "engessada" do jornalismo televisivo, onde tinha de mostrar-se isenta frente aos fatos que noticiava, Andréa confessa que sentia falta de ver as coisas de um prisma lúdico. "Não podia explorar meu lado artístico, criar. Isso me angustiava", desabafa. Tanto que uma das primeiras coisas que fez ao pedir demissão foi adotar um estilo de vida bem mais despojado que aquele a que estava acostumada. "Parei de fazer escova no cabelo e usar maquiagem. Só ando de calça jeans e há séculos não sei o que é vestir um terninho", brinca.

Agora, a atriz de 34 anos tenta adaptar-se ao dia-a-dia do que ela chama de "fábrica de loucos", que é o "set" de gravação de uma novela. As cenas em estúdio a fazem sentir-se em casa, já que os anos de bancada lhe deram o "know-how" com equipamentos, maquinárias e ilhas de edição. Mas é a falta de horários cumpridos à risca o que ela mais estranha. "Estranho porque às vezes chego, gravo duas cenas e estou liberada", explica.

Disposta a investir de vez na carreira de atriz, Andréa ainda se divide entre a novela, sua escola de teatro e sua produtora, ambas em Santa Catarina. E pretende continuar participando ativamente do crescimento das opções de cultura catarinenses. Membro da Associação de Cinema de Itajaí, ela conta que está produzindo um longa-metragem e não esconde os sonhos de trabalhar com diretores renomados no segmento. "Vejo a tevê também como uma vitrine para que os diretores com quem eu quero trabalhar saibam quem eu sou", valoriza.

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