João Luiz enfrenta crise com otimismo e muito trabalho

Ele vem construindo com honestidade e competência

João Luiz Ferreira vem se dedicando há 12 anos à sua empresa, uma retífica de motores a álcool, gasolina e diesel. Trabalha com as principais usinas, transportadoras, frotistas, concessionárias e oficinas. “Consideramos todos os nossos parceiros e estamos certos que nossa permanência no mercado depende de como tratamos essa parceria. Nosso sucesso tem demonstrado que estamos no caminho certo”, comenta.

Formado na primeira turma da Escola Senai de Araraquara, em Mecânica Geral e Controle de Medidas, João Luiz foi indicado por Sarah Coelho para o destaque da semana.

JA – Por que optou por esse ramo?

JLF – Pela minha formação profissional e por pertencer à uma família de retificadores.

JA – Quais razões o levaram a perseverar em seu negócio?

JLF – Antes da retífica, fui funcionário da Meias Lupo, fui bancário e vendedor e em todos esses empregos tinha uma posição de destaque e progresso. Acho que a perseverança está dentro de mim, quem sabe como herança.

JA – Como consegue sobreviver neste mercado tão competitivo?

JLF – Cada vez mais, qualidade, preço e atendimento são requisitos imprescindíveis no mercado. Eu faço questão disso e vou além. Já fiz minha retífica trabalhar a noite toda para atender a urgência de uma usina nossa cliente.

JA- “Dinheiro chama dinheiro”. O que acha da frase?

JLF – De certa forma ela é verdadeira, mas eu prefiro a frase “Trabalho, honestidade e competência chama dinheiro”.

JA – Como a sua firma contribui para a economia local?

JLF – Acho que nossa primeira contribuição é oferecer trabalho a 25 pessoas diretamente e mais de 100 indiretamente. Como nosso ramo principal é a prestação de serviço, damos nossa contribuição na forma do ISS aos cofres da Prefeitura de Araraquara.

JA – Quais os problemas enfrentados pelo seu ramo?

JLF – Os mesmos da maioria das empresas. O controle do processo inflacionário – que é importante para o País – modificou completamente o nosso sistema econômico. As altas taxas de juros, resultados da política econômica, são talvez o nosso maior problema. Mas vale à pena. O empresário brasileiro está crescendo e melhorando, aprimorando seu negócio, sua forma de gerenciar.

JA – A crise afeta a todos?

JLF – A crise não é um problema brasileiro. Ela está em todo o mundo, principalmente nos países de terceiro mundo. É o resultado da má distribuição de renda. Afeta sim. Quando tivermos uma melhor distribuição de renda, teremos maior consumo, então paralelamente, problemas como saúde, educação e outros serão equacionados.

JA – E a crise de energia, como afetou sua firma?

JLF – Minha empresa depende muito da energia. Estamos seguindo as instruções para economizar, como desligar lâmpadas possíveis, mudamos nosso horário de trabalho. Estamos dando nossa cota de cooperação.

JA – O sistema de governo precisa de mudanças?

JFL – O nosso sistema de governo é bom. Entendo que é necessária a redução do número de partidos para que tenham uma filosofia melhor definida, isso do ponto de vista de uma estrutura política. Agora, do ponto de vista do político, será necessário uma lavagem completa na moral e nos maus costumes.

JA – Como se prepara para uma nova realidade?

JLF – Eu sou otimista e procuro manter meus funcionários nesse mesmo estado. Qualquer que seja a dificuldade, estimulo meu pessoal à criatividade. Tem sido assim nos diversos planos econômicos, foi assim quando o setor sucro-alcooleiro passou por dificuldade e afetou nossa empresa (é dele que vem nossos principais clientes) e está sendo assim com o problema da energia elétrica.

JA – E a parte social?

JLF – Dentro de minha empresa a parte social tem uma atenção especial. Nossos funcionários têm plano de saúde, seguro de vida especial e vivemos como uma família. Fora da empresa, durante mais de 10 anos, trabalhamos gratuitamente na administração do SOS, quando ele exercia a função hoje ocupada pela Secretaria da Promoção Social.

JA – A automação vem substituindo a mão de obra em sua empresa?

JLF – Não. Na medida em que buscamos as máquinas mais sofisticadas preparamos nossos funcionários para sua adequação. A maioria deles tem certificado ASE que é o máximo da qualificação no setor automotivo.

JA – O que é ter boa qualidade de vida?

JLF – A pergunta é muito abrangente. Nossa vida está diretamente relacionada com todas as vidas que estão à nossa volta, seja ela nossa família, as vidas dos funcionários da nossa empresa, dos nossos amigos, da nossa comunidade enfim… Qualidade de vida para mim vai desde as melhores condições para minha família, meus amigos, passando para toda comunidade, como por exemplo poluições diversas, contribuição social e principalmente distribuição de amor, fraternidade.

JA – Mensagem

JLF – Vivemos em um país fantástico. Rico em todos os sentidos. Temos problemas como todo o mundo, mas esses problemas aumentam à medida em que ficamos reclamando e esperando a ajuda dos outros. Trabalhar é a ordem! Perseverar é necessário. Se fizermos isso não apenas tudo à nossa volta melhora, o próprio país será cada vez melhor.

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