IPTU surge uma solução

Antônio Gabriel (*)

Honestamente, por mais que eu tentasse, jamais imaginei que uma solução para me livrar do achaque do IPTU progressivo, digo "Extorsivo", fosse tão simples e eficiente. O segredo para a resolução de tamanho abacaxi é mais antigo do que possa imaginar nossa vã filosofia e, os métodos para o sucesso total em tal empreitada só requer um pouquinho de astúcia e ao mesmo tempo ser amigo do "Rei".

Ao ouvir o noticiário local nesta Quarta feira, dia 27 de março, cheguei à conclusão que minha exposição na mídia e o fato de eu ter colocado minha cabeça a prêmio para um monte de abutres ditadores, disfarçados de democratas, teria sido totalmente desnecessária caso tivesse esperado apenas um pouquinho. Segundo alguns membros da administração Municipal, os descontentes com o IPTU "Extorsivo", não superavam 600 "Especuladores", que sempre foram beneficiados por administrações anteriores e que todos, sem exceção fariam parte da elite dominante e privilegiada de nossa sociedade. Muito bem, segundo a EPTV, 700 proprietários de chácaras tiveram os valores do IPTU "Extorsivo", reduzidos aos níveis de ano passado. Isto significa dizer que ninguém nesta cidade terá mais razões para reclamações ou será que o pessoal da Partido da Transparência mentiu ao tentar minimizar o número de pessoas atingidas? Onde fica a postura ética?

Mas, a solução para que todos aqueles que, por ventura, não tenham seus reclames atendidos ainda haveria uma saída. Como? Segundo minhas fontes bastaria filiar se ao partido do "Rei" ou do "vice Rei". Isso mesmo, se minha memória não tiver me traído, um dos reclamantes que apareceu na televisão reclamando em nome dos chacareiros, seria membro do partido do "Vice Rei" e segundo informações, os veículos da frota do município seriam revisados em sua oficina, e este munícipe também teria participado ativamente da última campanha eleitoral, apoiando obviamente, os donos da Verdade, da Ética e da Coerência.

Quando estivemos na Câmara Municipal, os vereadores nos afirmaram que não seria possível resolver tal problema pois, os valores cobrados estavam dentro de lei aprovada naquela casa. Então onde estaria a honestidade de princípios e a coerência daquela casa de Leis? A função primaz de um nobre Edil não seria fiscalizar o Executivo e cuidar dos interesses coletivo? Será que a coletividade de Araraquara se resume a 700 amigos dos amigos? Por isso é que algumas pessoas, mais experientes, costumam afirmar que, às vezes uma "Câmara fraca pode ser mais lesiva que uma Câmara desonesta; especialmente quando assina o que não têm capacidade de interpretar, dando um cheque em branco para mentes perversas".

Faço votos que alguém com sinceridade, sem nenhum cinismo ou rancor, me explicasse que forma justa é esta de cobrar impostos. Como fica o secretário de finanças que afirmou textualmente que: "não é possível mexer nos valores do IPTU, pois estes valores já foram lançados como previsão no orçamento deste ano". Por favor senhor secretário, me convença.

Creio que a resposta virá através de canais e pessoas competentes e não por meio de matérias escritas por diversas mãos onde alguns pseudo sociólogos se masturbam mentalmente copiando frases de efeito.

(*) É colaborador do JA.

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