Era fevereiro, tarde de carnaval, quando nos chegou a terrível notícia: Suzana fora cruelmente assassinada! Por quem? Não sabemos até hoje.
Porém, o passar do tempo não fará morrer jamais, Suzana, sua presença, que sempre foi harmoniosa, e nos envolvia pacificamente.
Ao conviver conosco você demonstrou uma aceitação serena e inteligente da vida; seus alunos a rodeavam, e a amavam pelo afeto que você dava a eles.
Seus olhos azuis traduziam a paz que sua fé proporcionava. Sempre verdadeira para com os princípios e deveres familiares, fundamentais para você.
Talvez seu tempo tenha sido tão curto entre nós, mas nos trouxe um grande aprendizado, essencial para um comportamento de amizade e amor.
Seus filhos, e futuramente seus netos, se orgulharão muito de você, e saberão que Deus a tem com Ele, próprio de seres semelhantes a você.
Espero um dia reencontrá-la, querida colega e amiga, como acontecia na escola EEBA, e conversarmos com alegria.
"Eu sou como a andorinha… ergui meu voo
Sobre as asas gentis da fantasia;
A descrença nublou-me o céu da vida…
E a crença estrebuchou numa agonia".
(Cansaço, Castro Alves, 1863, Recife)
Texto de Maria Ursulina Ramalho – Escritora e Pedagoga.